domingo, 2 de outubro de 2011

toxemia da prenhez

TOXEMIA DA PRENHEZ

A toxemia da prenhez é uma doença metabólica que acomete ovelhas e cabras no terço final das gestações múltiplas sendo determinada por nutrição inadequada durante este período. A enfermidade ocorre devido a uma baixa ingestão de energia, tendo como conseqüência a excessiva mobilização de gordura. Este excesso de gordura ultrapassa a capacidade do fígado em metabolizá-la, formando corpos cetônicos, os quais são responsáveis por alterações patológicas do sistema nervoso central.
O metabolismo da glicose em ruminantes é feito através da gliconeogênese. Os carboidratos são fermentados no rúmen, obtendo-se ácidos graxos voláteis (acético, propiônico e butírico). O ácido propiônico é metabolizado no fígado e transformado em glicose, sendo responsável por 50% da produção deste elemento. O glicerol (proveniente da lipólise e metabolismo de lipídios) também pode ser utilizado como precursor gliconeogênico. Outro substrato para a formação de glicose (quando a dieta está mal balanceada) são os aminoácidos alanina e aspartato.
As exigências nutricionais de fêmeas gestantes apresentam-se bastante elevadas no terço final da gestação (situação agravada com gestações gemelares). Mediante inadequado manejo alimentar, estes animais apresentam balanço energético negativo (ingestão de energia abaixo do que elas necessitam para o desenvolvimento fetal). Fisiologicamente, o organismo tenta compensar esse déficit energético através de mobilização de reservas corporais (lipólise dos tecidos gordurosos). Entretanto, o fígado não consegue metabolizar todo ácido graxo (gordura) proveniente da lipólise, tendo como conseqüência a formação de corpos cetônicos (veja aula de hipoglicemia da vaca leiteira).
O cérebro, feto, córtex da adrenal e retina são tecidos glicose-dependentes, ou seja, não conseguem utilizar outra fonte de energia que não seja a glicose para seu funcionamento.
Os sintomas clínicos são basicamente nervosos (devido à falta de glicose para o completo funcionamento cerebral dos animais), elevada concentração do cortisol plasmático, hipoglicemia, acetonemia e cetonúria. Acidose metabólica, insuficiência renal e hepática são complicações secundárias e geralmente observadas na fase terminal da enfermidade.
A avaliação do manejo nutricional dos animais gestantes é imprescindível para se chegar ao diagnóstico da enfermidade, assim como os seguintes sinais clínicos: animais isolados do grupo, ausência de apetite, cegueira, constipação, ranger dos dentes e salivação, sonolência, tremores musculares, contração dos músculos cervicais (que causam desvio lateral da cabeça), andar em círculos, convulsões, incoordenação e queda ao caminhar, além de forte odor de acetona na expiração (casos agudos).
O exame de glicose sérica é útil para se diagnosticar a doença (animais acometidos apresentam glicemia abaixo de 30 mg/dl, sendo que a glicemia normal de pequenos ruminantes gira em torno de 50 mg/dl). Deve ser feito diagnóstico diferencial para hipocalcemia (febre do leite), listeriose, abscesso cerebral e raiva, pois essas doenças também apresentam sintomatologia nervosa.
O tratamento parenteral deve ser feito nos estágios iniciais até a completa ausência dos sintomas através da reposição de líquidos, eletrólitos e glicose. A administração de insulina potencializa a absorção da glicose. A utilização oral de precursores gliconeogênicos (propilenoglicol ou glicerina) mostra-se bastante efetivo para auxiliar o tratamento parenteral.
A interrupção da gestação (indução do parto ou cesariana) pode ser efetuada para diminuir o "seqüestro" de glicose por parte dos fetos, a qual será utilizada pelo organismo materno, estabilizando o quadro clínico. Importante salientar que a interrupção da gestação deve ser feita somente quando os tratamentos orais e parenterais não estiverem funcionando. Como prevenção, deve-se fazer dieta apropriada para fêmeas que se encontram em terço final de gestação.

OBSERVAÇÃO; AS FOTOS ABAIXO FORAM EXTRAIDAS DO GOOGLE IMAGENS. SERVEM PARA ILUSTRAR A TEORIA DA AULA.


HIPOGLICEMIA DA VACA LEITEIRA (CETOSE)

HIPOGLICEMIA DA VACA LEITEIRA (HVL)

Sinonímia:
acetonemia, acetonúria, cetose

Definição:
é uma enfermidade metabólica que acomete vacas leiteiras multíparas, com boa produção leiteira, no decorrer dos primeiros 45 dias pós-parto e causada por erros no manejo dietético, caracterizada por depressão nervosa, hipofagia, hipogalaxia, acúmulo de corpos cetônicos, hipoglicemia e de ácidos graxos não esterificados; em alguns casos mais graves a enfermidade pode levar o animal à morte.


Metabolismo Energético na Vaca:
para o pleno entendimento da enfermidade deve-se descrever brevemente o metabolismo energético, em especial a geração de glicose sangüínea e a formação anormal de corpos cetônicos.

nos monogástricos grande parte da glicose sangüínea é proveniente da digestão dos monossacarídeos ou polissacarídeos dietéticos.

já nos ruminantes estes açúcares dietéticos são fermentados no rúmen pela sua microbiota, transformando-se em ácidos graxos voláteis. Apenas quando os bovinos são alimentados com dieta rica em amido, parte deste polissacarídeo ultrapassa o rúmen, sendo digerido em glicose no intestino, e em seguida absorvido integralmente. Não mais que 4% da glicose sistêmica é proveniente desse amido.

a maior parte da glicose sistêmica (cerca de 60%) é proveniente da metabolização do propionato, gerado no rúmen, pelos hepatócitos; 30% da glicose é gerada à partir de aminoácidos e 10% pela transformação de lactato, endógeno ou ruminal, e do glicerol oriundo da metabolização das gorduras.

a síntese de glicose à partir de moléculas que não os açúcares é um processo bioquímico denominado de gliconeogênese.

uma vaca seca necessita gerar 50g de glicose/dia para seu requerimento, enquanto que uma vaca em lactação, com produção média de 23 kg de leite, deve gerar 1700 g de glicose/dia, pois grande parte deste açúcar é necessário para a formação da lactose láctea.

diferentemente dos monogástricos, os ruminantes adultos não utilizam a glicose como fonte de energia em todos os tecidos do organismo, mas nos órgãos mais nobres como: sistema nervoso central, fígado, eritrócitos, rins, glândula mamária e para os fetos.

quando uma vaca não consegue gerar quantidade adequada de glicose, ou quando ocorre um déficit de energia global no organismo a gordura armazenada nos depósitos é mobilizada.

Entenda a doença:

QUADRO ESQUEMÁTICO














em síntese: no caso de ocorrer uma grande mobilização de gordura orgânica, fato este predominante na HVL, um excesso de AGLs será disponível formando grande quantidade de acetil CoA. Por falta de oxaloacetato para adentrar no ciclo de Krebs, o acetil CoA se acumulará, sendo transformado em corpos cetônicos. Inicialmente é formado o acetoacetato, o qual será parcialmente transformado em BETA-hidroxibutirato e acetona.

exclusivamente em algumas vacas com HVL o BETA-hidroxibutirato pode ser transformado no sistema nervoso central em isopropilálcool, o qual promove o surgimento de sintomas nervosos, tais como hiperestesia e agressividade.

Prejuízos Econômicos:
além dos gastos com o tratamento, os prejuízos mais sérios da HVL são a perda de cerca 60 até 300 litros de leite por lactação, a infertilidade temporária das vacas e a chance maior do aparecimento de outras enfermidades do puerpério, em especial a chance 35% maior de ocorrência de mastite.

Aspectos Epidemiológicos:
até o momento dois estudos epidemiológicos isolados foram realizados em rebanhos leiteiros nacionais. Em um deles não foi encontrado caso qualquer; no segundo trabalho de um total de 118 vacas acompanhadas, 16 (13,56%) apresentaram alta presença de corpos cetônicos, mas sem exibirem sintomas clínicos e apenas uma vaca (0,84%) apresentou evidências clínicas e laboratoriais de HVP (LAGO, 1997). Neste último estudo, os casos de vacas com alto teor de corpos cetônicos, sem sintomas clínicos, surgiram com maior freqüência da 1a a 3a semanas de lactação e um dos casos ocorreu na 8a semana. Não existem estudos avaliando a influência sazonal sobre a incidência de HVL em vacas leiteiras, criadas em nosso meio, mas é possível que esta seja maior no inverno, pois neste período existe uma tendência das vacas receberem menor aporte de energia dietética.

Fatores Predisponentes:
Idade, Número de Lactações e Produção Láctea
vacas velhas são mais sujeitas a apresentarem a HVL, pois têm maior depressão no apetite, em relação as vacas mais jovens, durante os primeiros 60 dias pós-parto, predispondo-as a desenvolverem maior déficit energético neste período.

vacas da 3a a 6a lactações também apresentam mais freqüentemente a enfermidade, pois durante estes estágios a produção láctea atinge o pico máximo durante a vida produtiva, aumentando o requerimento em energia e predispondo o aparecimento de um déficit deste nutriente.

vacas com maior potencial de produção láctea são mais propensas a apresentar a HVP. Contudo, até mesmo vacas com baixa produção láctea (7 a 10 litros) podem apresentar a enfermidade.
Estado Corpóreo:

vacas gordas no final de gestação, com estado corpóreo superior a 3, ingerem menor quantidade de alimentos no período pós-parto.

idêntica situação também ocorre em vacas gordas que permanecem estabuladas por longos períodos e que não fazem exercícios físicos. Estudos recentes provaram que a inatividade física torna menos eficiente o processo de gliconeogênese em vacas durante a lactação.

Produção Láctea e Ingestão de Alimentos no Início da Lactação:
vacas leiteiras atingem, por influência hormonal, o pico máximo de produção leiteira, durante a lactação, nas primeiras três a quatro semanas pós-parto; por outro lado, o apetite em seguida ao parto é bastante reduzido, atingindo seu acme apenas na 7a a 8a semana de lactação. Assim, todo este período até o segundo mês de lactação as vacas apresentam um balanço negativo energético, sendo necessário obter energia, eficientemente, de suas reservas. Qualquer contratempo ou dificuldade neste processo poderá predispor o animal a desenvolver a HVL.

Fatores Determinantes
Dois são os fatores determinantes da HVP. O mais comum deles é o alimentar ou primário, subdividido em subalimentação ou superalimentação.

quanto menor o aporte nutricional de proteína ou energia durante o período pós-parto, maior a chance de desenvolver HVL em vacas.

estudos demonstraram que vacas que recebem déficit dietético de 30% de nutrientes digestíveis totais (NDT) podem apresentar uma freqüência de HVL de até 30%.

por outro lado, vacas superalimentadas durante o período seco podem apresentar no pós-parto uma intensa hiporexia, e grande mobilização de gordura de estoques corpóreos.

mesmo assim, ocorrem casos de HVL em vacas que recebem dietas balanceadas, caracterizando os casos espontâneos ou secundários. A maioria destes casos são conseqüências de outros problemas primários que gerem a hiporexia ou mesmo a anorexia prolongada no início da lactação, tais como: processos febris (broncopneumonias, plasmoses, entre outras), distúrbios digestivos (acidose láctica ruminal, deslocamento do abomaso, retículo-peritonite), problemas locomotores, lesões de cavidade bucal, gengivites, entre outras.

a menor ingestão de alimentos faz com que a vaca tenha um gradual quadro de balanço negativo energético. Estes processos primários geralmente causam um quadro leve de HVL e desde que sanada a causa inicial há o pronto restabelecimento do distúrbio metabólico.

a patogenia do processo é complexa. Em casos de subalimentação no período pós-parto, a enfermidade se desenvolve de forma crônica. Com o evoluir do déficit de energia a vaca apresenta gradual hipoglicemia e acetonemia. Quanto maior for a mobilização de gordura para o fígado (esteatose hepática) menor será a capacidade gliconeogênica deste órgão e maior será a hipoglicemia e acetonemia. A hipoglicemia determina a hipofagia e a hipogalaxia presentes, assim como associada a acetonemia a presença de sinais clínicos de depressão nervosa. Cerca de 10% dos animais acometidos podem desenvolver a forma nervosa devida a ação do isopropilálcool no SNC (sistema nervoso central).

Sintomas Clínicos:
Formas clássicas: consuntiva ou caquetizante / forma nervosa
os sintomas clínicos geralmente são discretos quanto as manifestações. Três sintomas são mais encontrados, na maioria dos casos: hipofagia, hipogalaxia e depressão nervosa.

a hipofagia é bastante variável, sendo mais intensa em animais mais gordos. Pode surgir também o apetite seletivo, com o animal deixando de ingerir inicialmente concentrados, em seguida silagem, feno ou capim e em alguns casos pode ocorrer também parorexia (cama, areia, terra, etc.). Em decorrência da hipofagia a perda de peso é considerável. Enquanto que uma vaca normal perde cerca de 10% de seu peso no 60o dia pós-parto, em relação ao dia do parto, uma com hipoglicemia pode perder até 12% de peso, já no 35o dia pós-parto.

a intensidade da hipogalaxia é variável. Estudos internacionais com vacas acometidas pela HVL verificaram que a redução na produção láctea esperada foi, em média, da ordem de 30%. No Brasil, LAGO (1997) comparando com vacas hígidas, constatou que o grupo com HVP apresentava cerca de 20% menor produção leiteira.

vacas acometidas pela HVP apresentam uma certa depressão nervosa, com típico estado de sonolência, olhar fixo, cegueira parcial, cambaleios e ataxia e tremores musculares intermitentes.

a forma aguda da enfermidade, determinada pelo aumento da concentração corpórea de isopropilálcool, é marcada pelo surgimento súbito de episódios temporários (duração de uma a duas horas, com recorrência a cada oito a 12 horas) de um quadro clínico nervoso, com os seguintes sintomas: hiperestesia, agressividade, delírio, movimentos de mastigação, sialorréia, etc.

Patologia clínica:
mensurar glicose no sangue;
mensurar corpos cetônicos no sangue;
fita (urinálise);
mensurar corpos cetônicos no leite (referência para a urina);

teste de Rothera (teste de campo) = usar frasco âmbar
para urina = 1g de nitroprussiato de sódio e 99 g de sulfato de amônio
para leite = 2g de nitroprussiato de sódio e 99 g de sulfato de amônio

Misturar 1g do reagente em 5 ml de urina (ou de leite, se for o caso). Adicione 1 ml de amoníaco concentrado. O resultado positivo mostra uma coloração púrpura escura.

Diagnóstico:
dados de anamnese
quadro clínico evidente
achados de patologia clínica

Diagnóstico Diferencial:
consuntiva = RPT, indigestão, endometrites.
nervosa = raiva, saturnismo, toxidez por Claviceps paspali, babesiose cerebral, listeriose, encefalopatias.

Prognóstico:
quanto a vida = bom
quanto a produção leiteira = mau
Outros problemas = aciclia, cio retardado, aumenta intervalo entre-partos.

Tratamento:
glicose IV a 50% = 500 ml rapidamente
manter com glicose a 20 ou 25% (100 a 200 ml/hora)
complexo B = B1 estimula o apetite
B12 melhora conversão do propionato em glicose

Cálcio, fósforo e magnésio = sim, sempre.

agentes glicogênicos
•propionato de sódio, glicerina ou propileno glicol, via oral, 125-250 g/vaca/2xdia/4dias.
•Lactato de sódio ou cálcio, via oral, 0,5 a 1 kg/dia/7 dias.
•Outros agentes glicogênicos estão surgindo.
•Drench (fluidoterapia oral)

Prevenção:
a prevenção da HVL já deve ser iniciada no período seco. A primeira medida a ser realizada é evitar que as vacas se tornem muito gordas durante esse período. Vacas devem parir com condição corporal não superior a 3,5. Para tal deve ser evitado que vacas secas recebam a mesma alimentação que vacas em lactação. Outra medida para evitar a obesidade é o oferecimento de silagem de milho ad libitum; vacas não devem receber mais de 10 kg de matéria original / dia deste alimento.

vacas leiteiras de excelente produção devem receber concentrados energéticos nas últimas seis semanas de gestação na quantidade de 1% do seu peso vivo. Contudo, este oferecimento deve ser gradativo a fim de permitir uma adequada adaptação ruminal.

durante o início da lactação as vacas devem receber forragem de boa qualidade e com excelente palatabilidade, para estimular o apetite. É fundamental o oferecimento de concentrados energéticos e protéicos de acordo com a produção láctea esperada. Assim vacas com produção superior a 27 litros/dia devem receber 1 kg de concentrados para cada 2 kg de leite produzido; para vacas com 18 a 27 kg de leite/dia devem ser ofertado 1 kg de concentrado para 2,5 kg de leite e vacas com produção menor (10 a 18 kg/dia) 1kg de concentrado para 3 kg de leite produzido. Esta proporção de oferecimento de concentrados deve ser mantida até os três de meses de lactação, quando em seguida é ofertado o concentrado na proporção 1: 3 ou 1: 4 de acordo com a quantidade de produção láctea. O acréscimo de concentrados na dieta deve ser gradual.

o uso de ionóforos (monensina e lasalocida) na dieta favorece o crescimento de bactérias ruminais que produzem propionato, precursor da glicose. Vacas que recebem ionóforos apresentam menor quantidade de corpos cetônicos formados e aumento da glicemia.

o condicionamento físico no período pré-parto, principalmente, para vacas é recomendado. Sugere-se que vacas devam caminhar cerca de 1,5 km por dia, em terrenos planos e não pedregosos, a uma baixa velocidade. Animais previamente exercitados, quando do início da lactação, apresentam uma maior ingestão de alimentos, aumento da glicemia (em cerca de 20%) e diminuição da acetonemia (em 8%).

estudos foram feitos para prevenir a HVL com o uso de propilenoglicol, um precursor de glicose em ruminantes. FONSECA (1997) tratou um grupo de vacas de alta produção com 300 ml de propileno, pela via oral, durante o 10o dia pré-parto e o 16o dia pós-parto (15 beberagens/animal) e acompanhou-as durante 60 dias de lactação. A freqüência de HVL não apresentou diferença significativa entre o grupo tratado (9,1%) e o grupo controle (33,5%), não podendo assim ser recomendada a utilização deste medicamento na prevenção desta enfermidade.

Literatura Complementar:
FONSECA, L. F. L. Suplementação de propilenoglicol para vacas leiteiras periparturientes: efeitos sobre metabolismo, condição corporal, produção e reprodução. São Paulo: Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo. 1997. 114 f. Tese de Doutorado.

LAGO, E. P. Avaliação da incidência de cetose em vacas leiteiras. Piracicaba: Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, Universidade de São Paulo, 1997. 88 f. Tese de Mestrado.

ORTOLANI, E. L. Aspectos clínicos, epidemiológicos e terapêuticos da hipocalcemia de vacas leiteiras. Arq. Bras. Med. Vet. Zoot., Belo Horizonte, v. 47, n. 6, p. 799-808, 1995.

ORTOLANI, E. L. Hipocalcemia da vaca parturiente. Cad. Téc. Esc. Vet. UFMG, Belo Horizonte, n.14, p.59-71, 1995.

ORTOLANI,E.L. Principais distúrbios metabólicos que afetam vacas leiteiras. IN PIERKARSKI, P.R. Curso Intensivo de Atualização em Bovinocultura Leiteira. Curitiba: Universidade Federal do Paraná, 1989, p.74-105. (1ª Edição)

HIPOCALCEMIA DA VACA LEITEIRA

HIPOCALCEMIA DA VACA PARTURIENTE (HVP)

Sinonímia:
febre vitular, febre do leite, paresia puerperal hipocalcemica, paresia pós-parto, colapso puerperal, paresia obstétrica, coma pós-parto, apoplexia da parturiente, eclâmpsia.

Definição:
doença metabólica de curso agudo que ocorre mais comumente pela época do parto, em fêmeas bovinas adultas, se relacionando, portanto com o começo da lactação, caracterizando-se por hipocalcemia, fraqueza muscular geral (por flacidez da musculatura esquelética e diminuição do tônus da musculatura lisa), colapso circulatório com alteração da pressão arterial e depressão da consciência.

dentre os estados hipocalcêmicos a HVP é a mais freqüente, ocorrendo esporadicamente hipocalcemia no decorrer da lactação.

a HVP acomete principalmente vacas a partir da 3a lactação, de média ou alta produção, em especial vacas velhas, no puerpério, mais especificamente nos primeiros três dias pós-parto, devido a falhas na homeostase da calcemia;

caracteriza-se por quadro clínico inicial de hiperestesia, seguido de depressão nervosa e paresia e se não tratada pode evoluir para um profundo quadro de depressão que culmina com a morte, na maioria dos casos.

o tratamento sistêmico com sais a base de cálcio geralmente promovem a cura da enfermidade.

apesar de ser habitualmente chamada de "febre do leite" ou "febre vitular" tais sinonímias não são as mais adequadas, pois a maioria dos animais afetados não apresenta síndrome "febre" ou hipertermia prolongada, mas sim hipotermia na maior parte do quadro.

nos países de língua inglesa também é denominada de paresia puerperal. Atualmente, vários autores têm denominado a enfermidade de HVP, nome que caracteriza melhor o quadro etiológico apresentado.

já foi observada em búfalas.

Homeostase da Calcemia:
para o entendimento desta enfermidade é fundamental conhecer os mecanismos pelos quais o organismo animal mantém a normocalcemia. Estes teores são mantidos basicamente pela atuação de dois grupos de hormônios antagônicos produzidos pela paratireóide e a tireóide, respectivamente, o paratormônio e a calcitonina.

caso exista uma pequena diminuição da calcemia, sensores rapidamente detectarão esta mudança e a produção de paratormônio será estimulada, ocorrendo sua secreção; este hormônio estimula a atividade da enzima renal 1 ALFA-hidroxilase, a qual catalisa a transformação de 1- (OH) D3 em 1,25-(OH)2 D3, um metabólito muito mais potente que o anterior. esta última vitamina irá regular, via aumento de síntese de RNA mensageiro, a produção de proteína-carreadora de cálcio a ser absorvido pelos enterócitos;

nos ossos a 1,25-(OH)2 D3 atuará aumentando a atividade dos osteoclastos, os quais atuam retirando o cálcio dos depósitos ósseos (reabsorção), lançando-o na corrente sangüínea.

no caso de uma hipercalcemia entrará em ação a calcitonina, aumentando a incorporação de cálcio ao osso, além de calciúria.

nas últimas duas semanas pré-parto e até o terceiro dia pós-parto as vacas leiteiras apresentam certa dificuldade de manter a normocalcemia. Mesmo vacas hígidas apresentam uma pequena hipocalcemia temporária, que se inicia na última semana pré-parto e se estende até o 4º ao 5º dia pós-parto. Isto ocorre, pois a produção de vitamina D se encontra ligeiramente diminuída, associada ao menor apetite e motilidade do sistema gastrintestinal. Exatamente neste período a demanda de cálcio é mais alta para a formação do leite colostral, rico em cálcio.

desde que a hipocalcemia não seja exacerbada, as parturientes não apresentarão quaisquer sinais clínicos evidentes.

Prejuízos Econômicos:
acredita-se que os prejuízos causados por esta enfermidade, em condições nacionais, ultrapassem a casa dos US$ 20,0 milhões de dólares anuais.

só com medicamentos para o tratamento da HVP estima-se que sejam gastos acima de US$10,0 milhões de dólares (atualmente existem no mercado cerca de 35 a 38 produtos para o tratamento desta enfermidade);

vacas acometidas diminuem em cerca de 60 kg a sua produção leiteira, perdem cerca de 15 kg de peso vivo e têm menor vida produtiva, sendo descartados mais precocemente que vacas que não apresentam a enfermidade.

a chance de vacas com HVP contraírem outras enfermidades puerperais é cerca de seis vezes maior, em especial mamites, deslocamento de abomaso, retenção de secundinas, hipocalcemia, paralisias nervosas, entre outras.

Aspectos Epidemiológicos:
no estudo realizado no Brasil, ORTOLANI (1995) detectou, em fazendas leiteiras do Vale do Paraíba, S.P., a incidência de 4,25 % e uma letalidade de 12,8%, principalmente em vacas com três ou mais lactações.

quanto mais velha ou multípara for a vaca leiteira, maior a chance da mesma apresentar a enfermidade. Em nossas condições a HVP ocorre tanto no verão como no inverno.

Fatores Predisponentes:
1º) Idade:
quanto mais velha for a vaca menor será o número de receptores para 1,25-(OH)2 D3 nos enterócitos e células ósseas, gerando menor absorção intestinal e reabsorção óssea de cálcio.

vacas multíparas (da 3a a 6a lactações) produzem mais colostro que novilhas e vacas de segunda cria, o que leva a uma maior perda de cálcio nos primeiros dias de lactação.

2º) Efeito Racial:
estudos recentes demonstraram que vacas da raça Jersey apresentam, comparativamente a outras raças leiteiras, menor número de receptores para 1,25-(OH)2 D3 nos enterócitos, explicando a maior incidência de HVP nesta raça.

3º) Superalimentação:
vacas superalimentadas no período seco apresentam uma maior depressão no apetite durante o período pós-parto, o que diminui a quantidade global de cálcio dietético disponível para absorção intestinal.

4º) Ordenhas de colostro:
como o colostro contém cerca de duas vezes maior concentração de cálcio (2,2 g Ca/L) que o leite comum (1,1 g Ca/L), vacas ordenhadas continuamente, principalmente nas primeiras 24 horas pós-parto, têm maior risco de serem acometidas pela HVP.

5º) Ingestão de fatores anti-nutricionais:
a ingestão exclusiva de dietas ricas em oxalatos (capins do gênero Setaria) ou ricas em gorduras não complexadas com cálcio e zinco podem diminuir a disponibilidade do cálcio dietético, predispondo a aparecimento da enfermidade.

6º) Individual: certas linhagens sugerem predisposição individual.

Fatores Determinantes:
Parto e subseqeunte Lactação
Nas vacas o teor de cálcio no leite é 10 a 12 vezes superior que o teor no sangue. Com uma produção láctea de 20 litros de leite se perde diariamente 20 a 30 gramas de cálcio pela ordenha.

várias foram as teorias propostas para explicar as causas da HVP. Entre as mais citadas é que vacas que recebessem no período pré-parto dietas com alto teor de cálcio tinham chance maior de apresentar a enfermidade.

trabalhos recentes verificaram que tanto dietas altas em cálcio, como muito baixas neste macroelemento, parecem prevenir o aparecimento da enfermidade.
Contudo, a maioria dos pesquisadores sobre o assunto não consideram os teores dietéticos de cálcio como fundamentais no desencadeamento da HVP, dando mais ênfase ao chamado "balanço cátion-aniônico" dietético.

este balanço é dado pela diferença da concentração dietética (mensurada em miliequivalente por kg) dos principais cátions (sódio e potássio) dos ânions (cloro e enxofre). Quando a diferença é positiva (mais cátions que ânions) diz-se que a dieta é catiônica e vice-versa no caso de dieta aniônica.

estes íons regulam indiretamente o grau de acidez sangüínea; no caso de haver um predomínio de cátions existe uma tendência para ocorrer certa alcalose metabólica, enquanto que a maior concentração de ânions levará a uma acidose moderada.

normalmente, as vacas leiteiras estão altamente adaptadas a ingerir dietas catiônicas. Porém, estudos recentes indicam que no período pré-parto (um mês antes do parto) a ingestão de dietas ricas em cátions pode inibir a produção de 1,25-(OH)2 D3 , diminuindo a capacidade do animal de absorver o cálcio dietético e de reabsorver este macroelemento dos ossos. Acredita-se que a alcalose moderada no puerpério promova uma menor atividade da enzima renal 1alfa-hidroxilase, responsável pela transformação da vitamina D, ocorrendo o inverso quando uma acidose de pequena intensidade se desenvolve.

além de dietas catiônicas, sabe-se que também são fatores determinantes de HPV a ingestão, no período pré-parto, de rações com altas quantidades de fósforo (mais de 80 g P/dia); a estase ruminal e/ou intestinal prolongada no período puerperal, que diminui a ingestão de alimentos e a passagem de cálcio para os intestinos; além de ordenhas completas e freqüentes de colostro, principalmente nas primeiras horas pós-parto, as quais determinam a perda irreversível de cálcio por este fluido.

trabalhos de pesquisas recentes demonstram que em algumas condições fisiológicas, como a parturição, há uma flutuação dos opióides endógenos. O aumento da β-endorfinas circulante altera a permeabilidade celular, através do bloqueio dos canais de cálcio presentes na membrana celular. Este bloqueio, interno ou externo, afeta a mobilização da célula, diminuindo a atividade celular e reatividade tecidual. Por isso há menor absorção de cálcio.


Sintomas Clínicos:
o quadro clínico da HVP se manifesta em três estágios distintos, dependendo da concentração da calcemia.

Há a citação clássica de três fases distintas:
1) fase de excitação e tetania;
2) fase de decúbito esternal;
3) fase de decúbito lateral

Entenda a doença:
inicialmente, quando a hipocalcemia não é intensa (0,95 a 0,84 mMol Ca++ /L; teores normais de 1,30 a 1,0 mMol Ca++ /L) as vacas desenvolvem um quadro de hipersensibilidade nervosa, caracterizada por agitação, tetania muscular, meneios de cabeça, mioclonias e bruxismo, fase esta que pode durar de 40 minutos até oito horas. Na grande maioria das vezes esta fase clínica pode passar despercebida do clínico. ORTOLANI (1995) acompanhou a enfermidade em 39 vacas leiteiras e constatou que em apenas 5,1% (duas) destas foi constatado os primeiros sinais nesta fase clínica, enquanto que a maioria (84,1% ou 33) se encontrava na fase II e as demais na fase III (quatro animais).

com a intensificação da hipocalcemia (0,84 a 0,5 mMol Ca++ /L) o quadro clínico se altera radicalmente, com aparente depressão nervosa, sonolência, midríase não responsiva à luz, atitude de auto-auscultação, paresia muscular e hipotermia. Como o animal pode permanecer muito tempo em decúbito, lesões musculares surgem e dependendo da intensidade do quadro, mesmo com a correção da calcemia, o paciente não mais permanece em estação, manifestando o que se chama de "síndrome do animal caído". Esta complicação tem um prognóstico ruim em relação à recuperação clínica e, de acordo com experiência acumulada, a partir de dois dias de decúbito as chances de reversão do processo são mínimas.

caso a calcemia diminua em casos extremos, o animal entra numa fase crítica (Fase III), com perda total da consciência, alheio ao meio ambiente, manifesta paralisia muscular, taquicardia acompanhada de hipofonese e intensa hipotermia. O insucesso à terapia é grande nesta fase clínica (evolui para toxemia).

Diagnóstico:
dados de anamnese
evidência de sinais clínicos
resposta ao cálcio intravenoso


Diagnóstico Diferencial:
toxemia grave (mastite grave, peritonite);
injúria física (lesão do obturador, quedas);
acidose ruminal;


Prognóstico:
favorável = precocidade do diagnóstico e rapidez terapêutica
desfavorável = decúbito prolongado


Tratamento:
borogluconato de cálcio (fósforo, magnésio) = 1 a 2 ml/kg IV (lento);
glicocorticóides
• dexametasona 20 mg IM ou IV
• hidrocortisona 100 a 200 mg IV/IM
• predinisolona 50 a 200 mg IM
• flumetazona 5 mg IV/IM

Ações do corticóide:
• Aumenta o apetite por 18 a 24 h;
• Diminui a produção de leite (impede captura de glicose pela mama);
• Estimula a atividade glicogênica;
• Estimula a mobilização de aminoácidos precursores de glicose;
• Diminui a capacitação de glicose pelos tecidos periféricos.

tiamina = 4g/dia/IM por 5 dias  estimula apetite, melhora absorção de cálcio e tem ação antineurítica;


Lembrete importante:
retirar o bezerro da mãe
recomenda-se que a prática da superordenha de leite colostral no primeiro dia pós-parto seja evitada


Prevenção
a partir dos estudos realizados para compreender a etiologia da HVP foram geradas medidas eficazes para prevenir essa enfermidade. Basicamente as medidas preventivas estão centradas no oferecimento de dietas aniônicas nas últimas semanas que antecedem o parto.

como foi dito anteriormente, grande parte dos alimentos triviais são catiônicos, como exemplificado a seguir:
• feno de alfafa + 431 mEq/kg;
• capim coast-cross + 342;
• capim napier + 349;
• capim Braquiaria decumbens + 295;
• silagem de milho +156;
• milho em grão + 19;
• farelo de soja +266;
• cama de frango + 575.

deve-se evitar oferecer no mês que antecede o parto alimentos muito catiônicos, em especial aqueles com mais de + 400 mEq/kg (cama de frango e feno de alfafa).

para tornar a dieta mais aniônica recomenda-se que, em rebanhos com incidência superior a 1% de HVP, seja oferecido sais ricos em ânions, tais como: sulfato de cálcio (gesso agrícola), cloreto de amônia, sulfato de magnésio, sulfato de amônia e cloreto de cálcio.

a escolha destes sais depende da palatabilidade, disponibilidade, custo e inocuidade. Inicialmente, foi bastante utilizado o cloreto de amônia. Contudo, altos teores deste sal deprimem o apetite no período pós-parto e provocam um quadro acidótico intenso.

o cloreto de cálcio pode provocar irritação nas mucosas pelo seu efeito cáustico, gerando o aparecimento de ruminite ulcerativa, diarréia e diminuição do apetite.

o sulfato de cálcio tem a grande vantagem de ser barato, palatável e de fácil obtenção e sem trazer danos à saúde. Têm sido recomendado para suprir 1% da matéria seca da ração, aumentado o teor de enxofre na ração para 0,45%. Como o enxofre pode diminuir a disponibilidade de cobre para ruminantes, associado ao fato que no final da gestação as vacas transferem grandes quantidades de cobre para o feto, deve-se suprir a dieta das parturientes com cobre, para evitar a carência deste elemento nas mesmas.

na prática os sais aniônicos, disponíveis no mercado brasileiro, apresentam uma mistura de sulfato de cálcio e cloreto de amônia. A melhor forma de monitorar a ação dos sais aniônicos na dieta é através da avaliação do pH urinário, que se torna mais ácido, podendo-se situar entre 6,0 a 7,3.

estudos recentes têm indicado que a dieta total no último mês de gestação deve conter ao redor de 0 a +50 mEq/ kg MS para garantir a máxima de ingestão de alimento e produção láctea no período pós-parto.

no dia do parto a dieta aniônica deve ser suprimida, pois caso mantida provocará uma grande depressão na ingestão de alimento e o aparecimento de fígado gordo nas vacas.

a dieta de vacas secas não deve conter tampões, como o bicarbonato de sódio ou calcário, e alimentos ricos em fósforo, que forneçam mais de 60 g P/vaca/ dia.

o sal comum pode ser oferecido a vontade pois contém igual quantidade de ânions e cátions.

finalmente, recomenda-se eliminar vacas que tenham recidivas.

PROFESSOR SOLIDARIO OU SOLITARIO ?

PROFESSOR SOLIDÁRIO OU SOLITÁRIO?
Gostaria de começar perguntando prá vocês: o que é a vida?

A resposta está imortalizada na melodia de Gonzaguinha:
É o sopro do criador
Numa atitude repleta de amor...
Viver!
E não ter a vergonha
De ser feliz
Cantar e cantar e cantar
A beleza de ser
Um eterno aprendiz...
Ah meu Deus!
Eu sei, eu sei
Que a vida devia ser
Bem melhor e será
Mas isso não impede
Que eu repita
É bonita, é bonita
E é bonita...

Quando somos chamados para assistir alguma palestra sempre há uma expectativa de quem será o palestrante. De onde vem, qual a finalidade de sua apresentação, enfim há uma ansiedade de sempre ouvir alguém e procurar entender e absorver alguns conceitos e sugestões.
Vocês viram pela leitura do currículo que eu tenho uma vida de conquistas e vitórias. Mas antes de qualquer conceito eu preciso contar um pouco da minha vida para vocês. Sabem por que eu faço isso? Para que vocês saibam que eu sou exatamente igual a vocês. Com sentimentos, sonhos, desafios, conquistas e fé.
SOMOS EXATAMENTE IGUAIS PORQUE SOMOS HUMANOS, PODEMOS TER PENSAMENTOS DIFERENTES, SONHOS DIFERENTES, MAS O NOSSO OBJETIVO EM COMUM É SER EDUCADOR, CORRETO?

Escolhi o tema professor: solidário ou solitário? Com o objetivo de juntos encontrarmos maneiras de tornarmos o nosso trabalho melhor.

Solidário lembra SOLIDARIEDADE
Solitário lembra SOLIDÃO
Qual dos dois queremos para nós?
Em que, por quê e como a solidariedade pode nos ajudar na missão de sermos professores, professoras, educadores, educadoras? Essa será nossa construção no dia de hoje.

Mas, o que é solidariedade? Segundo o dicionário, significa um sentimento de simpatia, ternura.
Existem várias maneiras de solidariedade, mas nunca ela pode ser confundida com caridade. A caridade está mais para piedade pelos pobres, desprotegidos, injustiçados, etc.
Ser solidário é ser cúmplice do que está correto.
Solidário é ser construtivo e trabalhar em equipe, sempre, pois muitas vezes, a solidariedade é entendida como algo eventual revertida para alguém que necessita somente naquele momento. Evite isso.

Para nós cristãos, a solidariedade não deve ser algo eventual, mas sim permanente. A solidariedade tem valor prático quando a colocamos em prática no nosso dia-a-dia.

Na vida cristã, solidariedade leva o nome de fraternidade, já que somos filhos do mesmo Deus, visto como Pai, conforme nos ensinou Jesus. A partir daí, temos uma sociedade com base na igualdade, vinculados a um propósito comum, pois cremos num só Deus. Ou seja, com isso caímos nos modelos das sociedades comunitárias, onde os bens são repartidos para o uso comum e tudo se realiza coletivamente, com base na cooperação.

Nós como comunidade cristã, também devemos praticar isso, tendo como base alguns princípios do “ser solidário”, como: aceitar as diferenças; doar; conceder; esperar; aprender; aceitar as mudanças.

Solidariedade designa uma assistência mútua em circunstâncias difíceis. Há irredutivelmente, dependência recíproca entre elementos de uma sociedade.

Depois de fazer essa pequena reflexão sobre solidariedade, lembro-me de que muitas vezes ela vem da onde menos esperamos. Será que isso é bom ou ruim? Com certeza só pode ser bom, porque desta maneira percebemos que não estamos sós.
Solidão é tristeza. É falta de luz.

Em novembro de 2008, o estado de Santa Catarina sofreu uma das maiores catástrofes naturais da história. As enchentes afetaram em torno de 60 cidades e mais de 1,5 milhões de pessoas em todo o estado. Com tanto sofrimento e perdas, o Brasil inteiro não hesitou em ajudar. Todos contribuíram da maneira como podiam.

Recentemente tivemos uma catástrofe muito cruel. O conhecido “Tsunami” no Japão.
Quem não se lembra do episódio dos mineiros chilenos que comoveu o mundo. Todos resgatados com vida.

Recentemente também o estado de Pernambuco teve vários municípios alagados.

NÃO DEVEMOS SER SOLIDÁRIOS SOMENTE NAS TRISTEZAS.
MAS NÓS PRECISAMOS DA SOLIDARIEDADE MAIS AMPLA.
SOMOS PELA SOLIDARIEDADE NA EDUCAÇÃO. SOLIDARIEDADE ENTRE OS PROFESSORES PARA QUE NOSSAS AÇÕES SEJAM MAIS PRAZEROSAS. ISSO É POSSIVEL?

A solidariedade nos torna “pessoas melhores “...
Solidariedade só quando é Natal? NÃO!!!

NATAL É QUANDO UM HOMEM QUISER!!! NATAL DEVERIA SRR TODO DIA.

Podemos aplicar os princípios da solidariedade? Podemos e devemos.
Solidariedade... “faz mexer”...
Ser Solidário é acima de tudo, respeitar, incondicionalmente tudo o que nos rodeia...
Ser Solidário é sentir a necessidade de partilhar...
Ser Solidário é perceber que as diferenças só existem porque é mais fácil criar distâncias do que gerir dificuldades...
Ser Solidário é sentir que é possível mudar o que está errado e acreditar...
Ser Solidário é querer ir mais além, é ser mais alto interiormente, é ser maior de coração...
Ser Solidário é perceber que a alegria de dar é indiscutivelmente superior à de receber...
Ser Solidário é estender a mão a quem precisa dela para se agarrar na esperança.

Sermos solidários, quando percebermos que é possível fazer alguma coisa, dizer NÃO ao egoísmo em que todos vivemos, ao nosso fácil acomodamento, face à miséria, à solidão; à injustiça social e a tantas, mas tantas coisas mais...

É mais fácil pensar que não é conosco se algo de profundamente errado e injusto se passa ao nosso lado. Humildade sempre. Ninguém É INVULNERÁVEL.

O professor solidário não admite frustração, nem cansaço.
O professor solidário não conhece o que é uma mente vazia que se perde no próprio ego.

O professor solidário crê no DEUS que criou o homem, não no DEUS criado pelo homem.

Quem não é solidário experimenta sempre o mergulho na vida egocêntrica, se condenado irreversivelmente à solidão. Acredita que podemos mudar isto?
Eu acredito, porque afinal a DISTÂNCIA É A DE UM PASSO


QUAIS SÃO OS TIPOS DE SOLIDARIEDADE?
A solidariedade social é a condição do grupo que resulta da comunhão de atitudes e de sentimentos, de modo a constituir o grupo numa unidade sólida, capaz de resistir às forças exteriores e mesmo de tornar-se ainda mais firme em face de oposição vinda de fora.

Solidariedade Mecânica
Característica da fase primitiva da organização social que se origina das semelhanças psíquicas e sociais (e, até mesmo, físicas) entre os membros individuais. Para a manutenção dessa igualdade, necessária à sobrevivência do grupo, deve a coesão social, baseada na consciência coletiva, ser severa e repressiva. O progresso da divisão do trabalho faz com que a sociedade de solidariedade mecânica se transforme.
Há importantes estudos sociológicos realizados pelo francês Émile Durkheim (1858-1917), em sua obra intitulada A Divisão do Trabalho. Sua tese é de que a sociedade era mantida coesa por duas forças de unidade. Uma em relação a pontos de vista semelhantes compartilhados pelas pessoas, por exemplo, valores e crenças religiosas, o que ele denominou de solidariedade mecânica. A outra é representada pela divisão do trabalho em profissões especializadas, que foi denominada de solidariedade.

Solidariedade Orgânica
A divisão do trabalho, característica das sociedades mais desenvolvidas, gera um novo tipo de solidariedade, não mais baseado na semelhança entre os componentes (solidariedade mecânica), mas na complementação de partes diversificadas. O encontro de interesses complementares cria um laço social novo, ou seja, um outro tipo de princípio de solidariedade, com moral própria, e que dá origem a uma nova organização social - solidariedade orgânica. Sendo seu fundamento a diversidade, a solidariedade orgânica implica uma maior autonomia, com uma consciência individual muito mais livre.

Solidariedade humana
Vivemos hoje uma era de banalização da violência. Saímos de casa como possivel vítima e retornamos como sobrevivente e em alguns casos como herói, por termos nos safado de situações difíceis.
Nesta era moderna, de incentivo ao consumismo, da globalização, de fome, de desemprego, onde poucos têm voz ativa, pode haver um fator relevante que poderia ajudar no combate a violência e que está ao alcance de qualquer cidadão, é a solidariedade humana.

Hoje, ao contrário de um passado de algumas décadas, a solidariedade humana passou a estar cada vez mais distante do ser humano, agora mais habituado e até treinado a viver como uma ilha disputando todos as vantagens e espaços com os outros cidadãos e portanto seres humanos. Vemos o nosso semelhante como um inimigo e não como nosso irmão.
No trânsito temos exemplos de falta de cortesia, onde procuramos levar sempre vantagens, ignorando as situações de trânsito difíceis que o outro porventura estiver enfrentando num determinado momento. Nos locais públicos onde filas se formam para atendimento, sentimos profundamente a falta de respeito ao próximo, o sentimento claro de se levar vantagem sobre o outro. Na ocupação de lugares em transporte coletivo ou locais de entretenimento, onde não haja assentos numerados, a disputa pelos mesmos chega a ser ridícula .

A falta de solidariedade é ao mesmo tempo causa e efeito desta situação. É um modo contínuo que podemos quebrar com a nossa mudança de atitude.
Será que desaprendemos a arte de agir e só sabemos reagir? Ou seja, se alguém nos trata bem, retribuímos, senão é irrelevante para nós?

Será que a falta de solidariedade do ser humano em sua grande maioria, já que toda regra tem exceção, é uma das causas ou efeito da violência que enfrentamos hoje? Não sabemos avaliar sua extensão, mas com certeza se cada de nós fizer a sua parte, isto é, tratar o nosso semelhante com o devido respeito e consideração, solidarizando com ele nos momentos oportunos, iremos criar um espírito favorável nas comunidades em que vivemos.

Sonho ou fantasia?
Às vezes demora em "cair à ficha", e às vezes dói pra caramba você descobrir que nada, ninguém e nenhum objeto são mais importantes que o seu bem-estar.

Infelizmente, a grande maioria das pessoas precisa passar por experiências dolorosas antes de perceberem a sua "real importância e responsabilidade" no seu modo de vida. Passamos e perdemos muito tempo jogando a nossa felicidade nas mãos de outros, seja no amor, no trabalho e até na família.

Criamos fantasias, e fantasias são diferentes de sonhos. O sonho é aquela mola que nos impulsiona, que nos empurra para frente, que nos dá força para lutarmos por objetivos. Já as fantasias são frutos de nossa carência emocional e normalmente são desejos fugazes.

Sabe a criança que pede um brinquedo, pula, grita e berra no supermercado e, quando ganha, brinca meia hora e logo joga o brinquedo num canto qualquer? Isso é a fantasia, ou caprichos do orgulho.

Será que o seu desejo de hoje, aquilo que anda fazendo você sofrer, não é apenas uma fantasia? Será que você não se esqueceu da pessoa mais importante na sua vida (você) e está maltratando seu coração, sua saúde, seu lado espiritual com idéias e conceitos que só trazem sofrimento?

Hoje o desafio é comprar um presente para você. Pode ser aquela caneta de R$ 1,99. O importante é o valor que você vai dar para o ato, para o presente e, principalmente, para você mesmo.

Tudo isso é só para lembrar o quanto você é importante e pode fazer a diferença. Cuide-se! Não permita que magoem você, que merece mais, muito mais.

Quem são os pais de nossos alunos?
Pessoas que, muitas vezes não planejaram os filhos. Não estavam preparados para a paternidade e a maternidade. Foram pais muito cedo. Não houve o desejo de ser. O querer. Somente uma circunstância.

Pessoas que ainda são individualistas. Os filhos atrapalharam os planos profissionais. São rejeitados ou esfriados.

Pessoas que convivem com a internet e não vivem o espírito familiar. Relacionamentos fúteis após o “casamento forçado”.

Pais que fazem suas refeições em horários desregrados. Não cultuam a fraternidade familiar nas refeições.

Pais que dão mais carinho aos animais da casa e aos animais abandonados do que propriamente aos seus filhos. Os animais não choram e não reclamam.

Pais que buscam compromissos sociais para realizar suas fugas dos problemas na criação dos filhos. Colocam os filhos na escola e acham que estão cumprindo sua tarefa de pai.

Pais que pela total ausência física e moral dizem sempre sim aos filhos, suprindo ausência com presentes.

Pais que NÃO TEM RELIGIOSIDADE. Não freqüentam igreja.

Pais que se intitulam ídolos dos filhos quando esses precisam viver a fase de verdadeiros heróis a serem copiados.

Pais amadores. Imaturos. Pais acomodados. Não querem a maturidade e o envelhecimento. Vaidade jovial.

Pais meia boca. Procuram dar um notebook ou celular para o filho, quando na verdade deveriam suprir um pouco da tecnologia por um bom livro.

Pais que se unem sempre contra a escola. Se meu filho vai mal a culpa é todinha da escola.

Pais omissos e hipócritas: menina jogou a carteira do segundo andar de uma escola. Direção chamou a mãe e o pai. Ambos argumentaram que quando a menina fez isso não havia ninguém lá embaixo.

Quem são nossos alunos de hoje?
Qual o perfil deles?
Jovem geração Y:
A geração Y, também chamada geração do milênio ou geração da Internet, é um conceito em Sociologia que se refere, segundo alguns autores, à coorte dos nascidos após 1980 e, segundo outros, de meados da década de 1970 até meados da década de 1990, sendo sucedida pela geração Z.
Essa geração desenvolveu-se numa época de grandes avanços tecnológicos e prosperidade econômica. Os pais, não querendo repetir o abandono das gerações anteriores, encheram-nos de presentes, atenções e atividades, fomentando a autoestima de seus filhos. Eles cresceram vivendo em ação, estimulados por atividades, fazendo tarefas múltiplas. Acostumados a conseguirem o que querem, não se sujeitam às tarefas subalternas de início de carreira e lutam por salários ambiciosos desde cedo. Uma de suas características atuais é a utilização de aparelhos de telefonia celular para muitas outras finalidades além de apenas fazer e receber ligações como é característico das gerações anteriores.
Enquanto grupo crescente, tem se tornado o público-alvo das ofertas de novos serviços e na difusão de novas tecnologias. As empresas desses segmentos visam a atender essa nova geração de consumidores, que constitui um público exigente e ávido por inovações. Preocupados com o meio ambiente e as causas sociais, têm um ponto de vista diferente das gerações anteriores, que viveram épocas de guerras e desemprego. Com o mundo praticamente estável e mais favorável à liberdade de expressão, esses jovens conseguiram se preocupar com valores antes menos prioritários como vida pessoal, bem-estar e enriquecimento pessoal.

Crianças de Hoje:
Não vem com manual de instrução.
Não viveram na plenitude a inocência da infância. Nunca receberam um não.
Nunca se frustraram. Nunca tiveram medo. Nunca tiveram remorso. Nunca tiveram limites.
Geração que não Lê.
Sempre se unem contra o professor.
Crianças terceirizadas
crianças que têm como companheiros de brincadeiras, nos seus “pseudo-quartos”, muitas baratas, e até cobras?

Para nós quais são as características dos nossos jovens?
Hoje o "bom" perdeu lugar para o "belo", bem como o "inteligente", para o "esperto". Nasce, assim, no final do século XX e começo do século XXI, uma sociedade que não tem mais a referência do que consumir, ser e sentir. A autoestima é trocada pelo fenômeno do "fast food", "fast shop", "fast sex"...
A afetividade não encontra mais local na sociedade que vivemos. Assim, quais os papéis e as funções do Pai e da Mãe, em tratar a angústia que essa sociedade provoca e seduz?
Proteger seus filhos da pedofilia e da pornografia infanto-juvenil na internet.
Irreverente e irresponsável.
Acusam os pais de estarem Invadindo minha privacidade.
Os pais sempre estão pagando mico.
Menina menstrua com dez anos e é mãe aos 12 ou 13.
O computador passou a ser uma poderosa arma de disseminação do mal. Orkut. Veja exemplo de Londrina. Fotos de meninas fazendo sexo com namorado e depois colocam na Internet.
Buyling (crianças) ou Perversão ou Desvio patológico do comportamento considerado normal (adultos).

Cyberbullying = máxima do mal entre os jovens.
Exemplos: espinha na cara; pessoa de cor; pessoa obesa; quatro olhos; baixinho;
Relação de amizades virtuais. Relacionamentos fúteis.
Conseqüências: desistência da escola; doença; suicídio

O massacre da tarja preta
O relógio biológico da adolescência é diferente; o computador está tornando acordar cedo mais difícil
É UM MASSACRE da tarja preta contra crianças e adolescentes brasileiros, levados a tomar desnecessariamente remédios para supostos distúrbios psicológicos. Essa intoxicação tem respaldo de médicos, psicólogos, pais e professores.
Na semana passada, a Folha publicou a descoberta de psiquiatras e neurologistas da USP, Unicamp e Albert Einstein College of Medicine (EUA): 75% das crianças e adolescentes brasileiros que usam medicamentos tarja preta foram diagnosticados erroneamente como portadoras do chamado TDAH (Transtorno de Deficit de Atenção e Hiperatividade).
Esse abuso bioquímico para controlar atitudes de crianças e adolescentes revela como os adultos têm dificuldade de entender e lidar com as novas gerações e até entender o mundo em que vivemos.
É nesse ambiente que as crianças nascem e são treinadas, quase desde o berço, a jogar videogames cada vez mais velozes e complexos, o que, para muitos cientistas, desenvolve as habilidades cognitivas.

Esse universo hiperativo do virtual valoriza o presente, o agora, o já, tudo imediato, e se esvai com a velocidade de um novo aplicativo. Muito mais difícil ensinar coisas que não têm sentido imediato e que envolvem complexidades.

Existem até novas reações cerebrais. Mas tanta luminosidade das máquinas acaba gerando problemas. Existem evidências científicas mostrando que ficar de noite na frente da luz do computador atrapalha o sono, mexendo nos hormônios. O relógio biológico da adolescência já é naturalmente diferente; o computador está tornando acordar cedo ainda mais complicado.

Por que um estudante, acostumado com a interatividade e compartilhamento de informações, ficará tranquilo numa sala de aula com baixa interatividade, ouvindo o professor despejar conteúdos que não lhe fazem sentido?

Até as universidades mais sofisticadas do mundo estão mudando suas práticas para cultivar seus alunos, estimulando mais a experimentação, montagem de projetos e trabalho em equipe.

Minha suspeita é de que essa medicação de tarja preta não seja uma solução para tratar um problema que, em muitos casos, é real, mas sim para colocar a disciplina acima da criatividade.


E nós professores e professoras, quem somos no âmbito da escola?
Será que realmente somos solidários em nosso trabalho e tarefas da escola? Uns com os outros?

Mas por que ser um professor solidário?
PROFESSOR É A REPRESA DE TUDO. VEJAM QUE TUDO QUE ACONTECE NA VIDA DOS ALUNSO E DOS PAIS DE CERTO MODO É DEMONSTRADO NA ESCOLA. PROFESSOR PARECE SER UM PREDESTINADO A ABSORVER O PROBELEMA DOS OUTROS.

ENFRENTAR OS PROBLEMAS DE FRENTE, EM EQUIPE, É A NOSSA PROPOSTA.

Somos instrumentos transformadores de outros professores de funcionários, de alunos e de pais.

A PAZ PRECISA SER CONSTRUÍDA
Como construir?
COM GENEROSIDADE E AFETO.

A Bíblia utiliza várias palavras relacionadas à solidariedade. Vou destacar duas: generosidade e afeto.

Generosidade:
a palavra generosidade significa “liberdade”. Esta liberdade é a manifestação prática da essência do amor.

Afeto: sentimento puro da alma.
Melhora-se e viver mais, em paz, sem stress, sem endorfinas do mal.

Como a solidariedade pode ajudar o professor no dia-a-dia?
SER SOLIDÁRIO AJUDA MUITO O PROFESSOR TODOS OS DIAS.
VAMOS VER.

"Eu não acredito em caridade. Eu acredito em solidariedade. Caridade é tão vertical: vai de cima para baixo. Solidariedade é horizontal: respeita a outra pessoa e aprende com o outro. A maioria de nós tem muito que aprender com as outras pessoas."

Por que agimos assim se até os animais se respeitam e eles não são racionais como nós? Vejamos o caso dos gansos que vivem em formação e lutam pela sobrevivência juntos. Quando um ganso fica doente ou é ferido por um tiro de um caçador desalmado e cai, dois gansos saem em formação e o acompanham para ajudá lo e protege-lo . Ficam com ele até que consiga voar novamente ou morrer. Que belo exemplo de solidariedade temos dos gansos e eles não são animais racionais, como o dito ser humano.


DIVIDIR PARA MULTIPLICAR
PARA TRABALHAR EM COLETIVIDADE, DIVIDIR CONQUISTAS E ANGUSTIAS. DIVIDIR TAREFAS, COMPARTILHAR.
EVITAR O TAL DO CADA QUAL NO SEU QUADRADO. EVITAR O EGOISMO.

O PROFESSOR TEM QUE TER SOLIDARIEDADE.
A CORAGEM NO PROFESSOR E NA PROFESSORA TRANSFORMA A EDUCAÇÃO PORQUE MOTIVA O ENVOLVIMENTO DE MUITAS PESSOAS. SOZINHO PODEMOS IR MAIS RAPIDO, MAS UNTOS VAMOS MAIS LONGE.

Como o professor pode demonstrar sua solidariedade?
Exercitando a prática na coletividade.
Qualquer atividade que envolva todos os alunos e alunas. Cuidar dos mais rebeldes, que sentam no fundo. É esse aluno (a) que você deve convidar primeiro e dar atribuições. Às vezes o isolamento é um pedido de socorro.

A abordagem tem que ser carismática e não punitiva. Cuidado nas perguntas: você usou droga? Você está drogado?
Pergunte assim: você precisa de ajuda? Posso te ajudar? Quer conversar?
O CRACK HOJE ESTÁ PRESENTE EM 98% DOS MUNICIPIOS DO PAÍS (EPIDEMIA).

Não se esqueça que esses jovens foram criados sem afetividade. Não sabem o que é calor humano.
Não tema aquele sabichão que pesquisou o tema de sua aula na internet e está sedento por te fazer perguntas ou questionar frente aos outros alunos. Interagir é melhor. Se ele começar a desafia, estabeleça outros temas para discutir com os alunos. Crie situações não de humilhação nem fraqueza e sim de grandeza. Aluno que estuda um único tema pela internet é limitado.

Outra sugestão:
Pode parecer paradoxal, mas os alunos se espelham nos professores ou pelo menos abrem o coração quando a oportunidade é dada. Conversar sobre assuntos gerais, prestar informações, esclarecer sobre erros e vícios, combater superstições, explicar que não há dinheiro fácil. Uma boa conversa ajuda muito no dia-a-dia. Às vezes o que o jovem precisa é de alguém para ouvir.

O PROFESSOR E A PROFESSORA NÃO PODEM PAGAR A PENITÊNCIA DOS PAIS.
PAI NÃO É AMIGO DE FILHO. PAI É PARA CUIDAR E IMPOR LIMITES.
OS PAIS PODEM ESTAR TRANSFERINDO OS PROBLEMAS PARA OS OUTROS.

LEMBRETE: PROFESSORES SÃO CUIDADORES


FERRAMENTAS DO PROFESSOR SOLIDARIO COM OS ALUNOS
Atenção, afeto e contato físico
Jogos educativos
Jogral
Aula de artes: descobri que sou daltônico
Música
Histórias de folclore
Posição das carteiras
Olimpíada dos amigos
Gincana do bem

Atividades extras
Dia da família traga FOTOS
ENSINAR A FAZER O TROCO
DIA LUDICO = fale do programa Pânico na TV
PEDAGOGIA DO ELOGIO = PALMAS PARA O GUILHERME
PEDAGOGIA DO ESTIMULO

Curiosidades: leite com manga
Tais como: conscientização de cidadania, preservação do meio ambiente, erradicação do analfabetismo moderno , uso racional da água potável entre outros, fáceis de serem implementados, bastando apenas boa vontade.

PORTANTO:
Se suas ações não resolveram a inclusão de seus alunos (as) chame os pais; as mães; informe a coordenação e deixe as coisas bem claras. Não esconda nada. Se o aluno é cliente ou não, sua paz interior (professor e professora) é mais importante que os problemas dos outros, porque Não foi você que causou.
Nunca se esqueça: às vezes os pais também são problemáticos e o reflexo está direto na educação de seus filhos. Portanto, antes de julgar o aluno, conheça o que permeia ele.


USE O SIMBOLISMO ALGUMAS SUGESTÕES PARA NOSSOS ALUNOS:
AGORA, VAMOS APLICAR A SABEDORIA. MAS A NOSSA SABEDORIA É MUITO SIMPLES E FACIL.

Despertador (significa disciplina)
Bola de vôlei (significa determinação, a vida do Bernardinho)
Garrafa de cerveja (significa limites, em tudo)
Bengala (significa respeito aos mais experientes, sem preconceito da velhice)


FERRAMENTAS DO PROFESSOR SOLIDARIO COM OS OUTROS PROFESSORES
Que ferramentas o professor deve dispor para melhorar seu dia-a-dia levando-se em consideração a solidariedade?

Os nossos objetivos devem ser: "Criar e incentivar o espírito de respeitosa consideração entre os povos...", "Incentivar a prática da boa cidadania...", "Interessar-se pelo bem estar cívico, social e moral da comunidade.", Mantermo-nos unidos pelos laços da amizade, do companheirismo e da compreensão mútua.".

Aplique a solidariedade na prática.
Solidariedade, ora aí está um conceito que pode ser interpretado de muitas formas, dependendo de pessoa para pessoa. Solidário é aquele que tenta ajudar o próximo sem pedir nada em troca, não faz maus juízos de terceiros e não fica com idéias preconcebidas antes de conhecer alguém.

Solidário é aquele que apesar de ter um dia atarefado, ou até se encontrar numa fase menos fácil da sua vida, disponibiliza um bocadinho do seu tempo, para falar com um amigo/familiar; tem paciência para ajudar o seu filho nos trabalhos de casa, entre outros pequenos gestos que tanto significam.

Ser solidário não é ter pena do próximo, é tentar compreender e saber que basta apenas ouvir essa pessoa, ou até mesmo acompanhá-lo por uns instantes, porque só o fato dela estarmos é o bastante, principalmente no caso dos idosos eles não nos pedem dinheiro, ou comida, mesmo que por vezes precisem, só querem um pouco de companhia, uma visita de vez em quando, para que não se sintam tão sós e abandonados, isto é ser solidário.
solidário é quem se dispõem a ajudar aqueles que estão em dificuldades e não fazem alarido disso.

AÇÕES:
Comece com um bom dia sem hipocrisia. APERTO DE MÃO. Que tal um café da mnhã mensal?
Sala dos professores = LUGAR QUE SE BUSCA ALUZ. Sem fofocas. Flores.
Aniversariantes do mês = celebrem junto. Traga os funcionários. Todos.

Todos são importantes, portanto Respeite a hierarquia, Sem vaidades. Sem competições silenciosas.
Estudo integralizado. Peça sugestões aos seus colegas, mesmo de outras áreas.

AO INVES DA PACIENCIA NO PC CONVERSE NA SALA DE AULA.
Se você é chefe procure ser líder.
PROFESSORES QUE SE ACOMODAM são diferentes de PROFESSORES QUE SE INCOMODAM
NUNCA SE NIVELE POR BAIXO. Se ele faz, não faça.

equilíbrio emocional = história do porco na estrada
Liberdade de Felicidade = história do velho, menino e burrinho

QUE RESULTADOS PODEMOS ESPERAR APLICANDO A SOLIDARIEDADE NA ESCOLA E ENTRE OS PROFESSORES, FUNCIONARIOS E ALUNOS?
DIAS MELHORES, MUITO MELHORES, AINDA MELHORES.

VOCÊ AINDA ASSIM QUER SABER DE SOLISÃO?
Está bem. Solidão é um sentimento no qual uma pessoa sente uma profunda sensação de vazio e isolamento. A solidão é mais do que o sentimento de querer uma companhia ou querer realizar alguma atividade com outra pessoa não por que simplesmente se isola, mas por que os seus sentimentos precisam de algo novo que as transforme.

Sabia que se pode morrer de solidão?

“Invictus”, de autoria de William E. Henley.(poema de inspiração de Nelson Mandella)
Sob o manto da noite que me cobre
negro como as profundezas de um pólo a outro
eu agradeço a todos os Deuses por minha alma invencível.

Nas garras ferozes das circunstâncias
não me encolhi nem derramei meu pranto.
Golpeado pelo destino
minha cabeça sangra, mas não se curva.

Longe dos lugares de ira e lágrimas
onde assoma o horror das sombras
ainda assim, a ameaça dos anos me encontra
e me encontrará sempre destemido.

Pouco importa quão estreita seja a porta,
quão carregada de punições seja a lista
sou o senhor do meu destino
sou o capitão da minha alma.

COMO EDUCAR AS CRIANÇAS NOS DIAS DE HOJE. UM ALERTA AOS PAIS

Há seis meses eu estava no SAS em Londrina (explicar o que é SAS) e o ambiente estava muito lotado. Fico prestando atenção nas pessoas e verificando a diversidade de comportamentos, falas, gestos, postura e tantas outras diferentes peculiaridades do ser humano.

Uma cena me chamou muito a atenção. Um senhor ao perceber a vinda da enfermeira no corredor (explicar o corredor) se levantava com auxilio de sua bengala e perguntava a ela: é a minha vez? E ela prontamente respondia: ainda não chegou o prontuário. E ele demonstrando calma e conformidade se sentava novamente.

Mais alguns minutos lá vinha ela de novo no corredor: e ele indagava: é a minha vez. Desta vez ela respondeu: foram buscar o prontuário. Ele, mais uma vez, se sentava sem nada dizer.

Na terceira vez, fiquei intrigado e percebi que ele tinha alguma dificuldade em entender aquela sistemática toda. Me dei conta de que ele talvez não soubesse de modo seguro o que estava acontecendo. Nesta terceira indagação que ele fez para a enfermeira, que mais uma vez respondeu que o prontuário ainda não chegou, pedi licença e interferi. Como tendo talvez um sexto sentido de professor pedi a ela para explicar que prontuário era a pastinha dele com os exames. Quando ela me ouviu e falou que a pastinha ainda não havia chegado, o semblante dele mudou na hora. Ele agora havia entendido o que era prontuário. Fiquei extremamente feliz e ao mesmo tempo muito emocionado por ter contribuído com o entendimento dele, mas algo maior me motivou a extrair aprendizado. Às vezes o entendimento não existe por desconhecimento do significado das palavras.

Não contente, na primeira oportunidade sentei ao lado daquele senhor: perguntei seu nome. Manoel, idade 71 anos, já aposentado e precisando de uma consulta com ortopedista, pois tinha dor nas costas. Aos poucos, com habilidade, fui extraindo dele, no bom sentido, tudo que eu precisava saber para depois atuar com meus propósitos. Quando ele perguntou meu nome fiz questão de dizer professor antes do Wilmar. Pois assim ele memorizaria minha profissão e não me chamaria de doutor como a maioria faz. Evitar ser chamado de doutor ajuda a desinibir o senhor Manoel para que eu pudesse mensurar até onde ele tem conhecimento, até onde eu posso ajudá-lo, até onde poderia exercer um aprendizado conjunto.

Como a pastinha demorava a chegar fui conversando. Ele se soltando. Aos poucos descobri de onde era o que fez antes de aposentar, time do coração, músicas preferidas, comidas que mais gosta, e tantas outras espontaneidades.
Começamos a falar de computador. Aí o semblante dele mudou. Perguntei por quê? Ele disse: Não gosto desse bicho. E eu continuei. Por que o senhor não gosto? Não gosto. Acho esquisito. Percebi que o não gostar dele era porque ele não sabia usar e talvez tivesse medo. Não sabia por que nunca lhe ensinaram ou se propuseram a ensiná-lo. Minha maior lição extraída naquele inesquecível bate-papo foi: o melhor aprendizado é aquele em que o professor faz com segurança.
O ser humano começa a aprender desde a 24ª semana de vida até os 80 anos de idade.

Num outro momento num pequeno mercadinho próximo de minha casa ao comprar alguns produtos minha conta ficou em R$23,55. Dei uma nota de R$50,00 e esperei pelo troco. Percebi que a jovem tinha dificuldades para fazer a conta, mesmo sendo caixa daquele local. Pegou a calculadora e fez a conta de subtração. Depois que ela terminou, para não atrapalhar seu raciocínio matemático fiz a pergunta: você faz o troco sempre assim. E ela prontamente me respondeu. Ensinaram-me assim. Mais uma vez minhas artérias se ingurgitaram e tive a necessidade de interagir com ela. Como não havia ninguém na fila, perguntei se ela queria prender outra maneira. Ela meio receosa, tímida e ao mesmo tempo com medo, pois teria que mexer com dinheiro, aceitou. Ensinei a ele fazer o troco com a conta saindo de 23,55 e chegando até 50. Disse a ela que o dia que a calculadora falhar e acabar a energia, a cabeça dela é capaz de fazer qualquer troco. Nesta lição precisei, humildemente, utilizar de uma ferramenta imprescindível ao professor: a habilidade.

Por essas razões, trouxe hoje dois instrumentos para juntos desenvolvermos o tema. Realmente ensinar inexiste sem aprender. Por essa razão o educador precisa sempre ter vivo em seu propósito a essência de repassar o que sabe, com constante preparo pessoal para entender as diferenças entre as pessoas e se aperfeiçoar profissionalmente para poder encontrar os aspetos medianos de transferir seu conhecimento.
Daí a razão da PEDAGOGIA AFETIVA E EFETIVA, SUA ESCOLA, SUA ESCOLHA.

JUNTEI TUDO ISSO E ME VEIO A INSPIRAÇÃO PARA ESCREVER ESSA PALESTRA DE HOJE.

EXISTE RELAÇÃO OU CORRELAÇÃO ENTRE O COMPUTADOR E A CRIANÇA (NOSSO ALUNO)?

Vamos inicialmente entender essa analogia.
O computador é capaz de me dar respostas e informações de tudo que eu precisar. Mas para isso eu preciso alimentá-lo com dados. Precisa ser FORMATADO.
O computador é inorgânico.
Tem memória estática
Não tem sangue circulante
Sua luz é elétrica
Não tem emoções vivas

E a criança?:
Ela também é capaz de fazer e evoluir em tudo que nós quisermos. Ou talvez quase tudo. Mas ela precisa de informação. Precisa ser INFORMADA.
A criança é orgânica
Tem memória dinâmica
Tem sangue circulante
Sua luz é natural
Vive com emoções


ALGUNS CASAIS ESTÃO DEDICANDO TODO AFETO AOS CÃES E ESQUECENDO-SE DAS CRIANÇAS.


VAMOS COMPREENDER O SER HUMANO:
Mas se eu sou capaz de formatar o computador, por que é tão difícil formatar nossos alunos.
Para essa nobre missão o professor precisa ter algumas condições básicas:

SENSIBILIDADE
HABILIDADE
CONHECIMENTO
SEGURANÇA

São essas virtudes que gostaria de trabalhar hoje.
Se houver limitação na ignorância ou no aprendizado, o professor detecta com sua sensibilidade. Jamais posso perder a sensibilidade (meu sexto sentido).
Os cinco sentidos humanos: visão, audição, paladar, tato e olfato
Preciso de habilidade para saber extrair os gargalos da criança e depois atuar como educador.
Preciso ter conhecimento e me atualizar sempre para que eu possa repassar o conhecimento da maneira certa.
Para que as crianças aprendam, o professor precisa transmitir segurança. Tenho que ser firme em minha doutrina de ensinar. Preciso transferir segurança para que a criança tenha segurança.

A PEDAGOGIA AFETIVA E EFETIVA NOS IMPULSIONA A ATUAR COMO EDUCADORES SEGUROS, MODERNOS, COMPROMETIDOS E ABNEGADOS.
COMO FAZER ISSO?

PEDAGOGIA AFETIVA = SENSIBILIDADE E RESILIÊNCIA
“afeto não é mimo”

PEDAGOGIA EFETIVA = AUTORIDADE E AÇÃO
“autoridade é ter moral”

EM QUE O HOMEM DIFERE DA MÁQUINA?

Entenda o Sistema límbico:
Na superfície medial do cérebro dos mamíferos, o sistema límbico é a unidade responsável pelas emoções. É uma região constituída de neurônios, células que formam uma massa cinzenta denominada de lobo límbico.
Originou-se a partir da emergência dos mamíferos mais antigos. Através do sistema nervoso autônomo, ele comanda certos comportamentos necessários à sobrevivência de todos os mamíferos, interferindo positiva ou negativamente no funcionamento visceral e na regulamentação metabólica de todo o organismo.


Componentes do sistema límbico
Quanto às estruturas cerebrais na formação das emoções, são algumas das partes mais importantes do sistema límbico:
• Amígdala: A destruição experimental das amígdalas (são duas, uma para cada um dos hemisférios cerebrais) faz com que o animal se torne dócil, sexualmente indiscriminativo, afetivamente descaracterizado e indiferente às situações de risco. O estímulo elétrico dessas estruturas provoca crises de violenta agressividade. Em humanos, a lesão da amígdala faz, entre outras coisas, com que o indivíduo perca o sentido afetivo da percepção de uma informação vinda de fora, como a visão de uma pessoa conhecida. Ele sabe quem está vendo mas não sabe se gosta ou desgosta da pessoa em questão. Localizada na profundidade de cada lobo temporal anterior, funciona de modo íntimo com o hipotálamo. É o centro identificador de perigo, gerando medo e ansiedade e colocando o animal em situação de alerta, aprontando-se para fugir ou lutar.

• Hipocampo: Envolvido com os fenômenos da memória de longa duração. Quando ambos os hipocampos (direito e esquerdo) são destruídos, nada mais é gravado na memória. Um hipocampo intacto possibilita ao animal comparar as condições de uma ameaça atual com experiências passadas similares, permitindo-lhe, assim, escolher qual a melhor opção a ser tomada para garantir sua preservação.

• Tálamo: Tem importância na regulação do comportamento emocional possivelmente decorre, não de uma atividade própria, mas das conexões com outras estruturas do sistema límbico.

• Hipotálamo: É parte mais importante do sistema límbico. Além de seus papéis no controle do comportamento, essas áreas também controlam várias condições internas do corpo, como a temperatura, o impulso para comer e beber, etc. O hipotálamo desempenha, ainda, um papel nas emoções, envolvidas com o prazer e a raiva, ao desprazer e a tendência ao riso (gargalhada) incontrolavel. Pode haver aumento da ansiedade, podendo até chegar a gerar um estado de pânico.

As memórias emocionais, tanto as memórias boas quanto as ruins, são as que deixam as mais fortes marcas no cérebro, isso se deve ao fato de que geralmente as memórias emocionais são armazenadas tanto nos sistemas de memória explícita quanto nos sistemas de memória implícita.

Importante: sono, prazer, alegria, medo, pânico, etc

O que é a Mente?
Mente é o estado da consciência ou subconsciência que possibilita a expressão da natureza humana. 'Mente' é um conceito bastante utilizado para descrever as funções superiores do cérebro humano relacionadas a cognição e comportamento. Particularmente aquelas funções as quais fazem os seres humanos conscientes, tais como a interpretação, os desejos, o temperamento, a imaginação, a linguagem, os sentidos, embora estejam vinculadas as qualidades mais inconsciente como o pensamento, a razão, a memória, a intuição, a inteligência, o sentimento, ego e superego. Por isso, o termo também descreve a personalidade e costuma designar capacidades humanas, ou mesmo, empregado para designar capacidades de seres sobrenaturais, como na expressão "A mente de Deus".
Etimologicamente, o termo vem do latim mèntem, que tem o significado de pensar, conhecer, entender, e significa também medir, visto que alguém que pensa não faz outro que medir, ponderar as ideias. Os gregos utilizavam o termo nous para indicar a mente, a razão, o pensamento, a intuição.

Entenda a Adrenalina:
A adrenalina ou epinefrina é um hormônio simpaticomimético e neurotransmissor, derivado da modificação de um aminoácido aromático (tirosina), secretado pelas glândulas supra-renais, assim chamadas por estarem acima dos rins. Em momentos de "stress", as supra-renais secretam quantidades abundantes deste hormônio que prepara o organismo para grandes esforços físicos, estimula o coração, eleva a tensão arterial, relaxa certos músculos e contrai outros.

Efeitos da adrenalina sobre o organismo
Quando lançada na corrente sanguínea, devido a quaisquer condições do meio ambiente que ameacem a integridade física do corpo (fisicamente ou psicologicamente, stress), a adrenalina aumenta a frequência dos batimentos cardíacos (cronotrópica positiva) e o volume de sangue por batimento cardíaco, eleva o nível de açúcar no sangue (hiperglicemiante), minimiza o fluxo sanguíneo nos vasos e no sistema intestinal enquanto maximiza o tal fluxo para os músculos voluntários nas pernas e nos braços e "queima" gordura contida nas células adiposas. Isto faz com que o corpo esteja preparado para uma reação, como reagir agressivamente ou fugir, por exemplo.

MAIS EU PRECSISO APRENDER MAIS PARA PODER ENSINAR.
PRECISAMOS NOS ATUALIZAR
SABER ACOMPANHAR AS MUDANÇAS E EVOLUÇÕES.
SABER CONHECER OS COMPORTAMENTOS
CONHECER OS PERFIS DAS PESSOAS


QUEM SÃO OS PAIS DE HOJE?
1) Casais jovens = às vezes filhos não planejados
2) Ambos trabalham fora
3) Ambos não almoçam em casa
4) A noite não há disposição para brincar com os filhos
5) Estando na Escola está tudo bem (???!!!)
6) Na vida social falta religiosidade
7) Aos domingos falta o almoço em família
8) Eventos cívicos e feriados são para descansar
9) Pais competem com os amigos dando presentes
10) Pais e mães convivem com amizades virtuais
11) Avós suprem a educação básica que deveria ser dos pais


QUEM SÃO OS ALUNOS DE HOJE?
1) Criança terceirizada
2) Criança induzida a ter e não ser
3) Criança que vive o belo e não o bom
4) Criança que vive a esperteza e não a inteligência
5) Criança sem auto-estima, que é substituída pelo fast food, fast shop, fast sexo
6) Jovens da geração Y e outras tribos
7) Tudo é descartável

Cuidado com o Perigo da introjeção virtual: É preciso cuidados com a virtualização. O cérebro nunca reconhece a diferença entre o REAL e o VIRTUAL; assim, matar fica sendo, nos sentidos, matar “realmente”. É o perigo dos games. Os jogos, repetindo a “mesmice” aceleram a ansiedade patológica e promovem a sensação “real” de perdas ou ganhos.
Os sites pronos deixam registrados, no sistema límbico, o sentido de que as relações vistas foram “realizadas”, empobrecendo assim a relação real.

ONDE OS PAIS ERRAM?
1) Nunca falam NÃO aos filhos
2) Permitem isolamento em quartos confortáveis
3) Permitem amizades virtuais
4) Desistiram da afetividade (não beijam, não abraçam seus filhos)
5) Desistem do monitoramento dos filhos na escola
6) Não transferem imunidade moral
7) Não ensinam o medo, a culpa, a responsabilidade e o arrependimento
8) Não ensinam a desejar, conquistar e frustrar
9) Tomam partido dos filhos desconhecendo e ignorando a verdade
10) Justificam erros dos filhos como sendo normais
11)

PAIS E PROFESSORES ERRAM TAMBÉM POR NÃO CONHECER AS FASES DO DESENVOLVIMENTO HUMANO.
Segundo Capelatto (fases do desenvolvimento humano):
Ao preparar o filho para uma vida equilibrada, os pais precisam conhecer profundamente as seis fases pelas quais todos nós passamos:
Oral, anal, fálica, latência, adolescência e maturidade.
A participação dos pais e principalmente das mães durante essas fases é fundamental. Pai e mãe são empregados para o resto da vida.

A fase oral vai do nascimento até 1 ano e meio de idade. É a primeira experiência da humanidade. A mãe tem que estar presente, amamentando ou dando mamadeira. É preciso conversar com o bebê e dar muito afeto para que haja uma identificação entre eles. Para as mulheres que trabalham fora é importante manter uma babá carinhosa e fixa. Evite trocas de babás. Trocas constantes fazem com que a criança tenha problemas de relacionamento no futuro. Ela terá dificuldade de se apegar mais intensamente à só uma pessoa. Chupeta e colo são muito importantes. O bebê quer ser desejado pela mãe.

A fase anal vai de 1 ano e meio de vida até os 4 anos. Nesta fase as crianças são bagunceiras e quebram tudo que tem pela frente. Os pais são importantes para ajudar a organizar, se não virá mais tarde à desorganização emocional.
É nesta fase ainda que a criança descubra o ego e se torna desobediente e birrenta. Se pede uma coisa e os pais não dão, ela se joga no chão e esperneia. Esse é o momento certo e apropriado dos pais imporem limites e dizer não e não. Toda birra tem que ter começo, meio e fim. Dessa forma a criança perceberá que não é assim (com birra) que ela conseguirá as coisas que deseja. Os pais que cedem é para se verem livres dos choros e não por amor a criança. Alguns têm vergonha de deixar a criança chorar em público. No entanto é um engano, pois dizer não é uma forma de educar e demonstrar amos. Fazer tudo por causa da pressão pode desencadear processo de rejeição no futuro pela ausência da frustração.

É na fase fálica dos 4 aos 6 anos de idade que a criança descobre a sexualidade. É quando ela mais demonstra o maior pelos pais. Tem medo de perdê-los e fica muito apegada. É normal a criança se recusar a ir para a escola e chora quando a mãe sai para trabalhar. Além disso, começa a fazer perguntas sobre sexo que devem ser respondidas com sinceridade.

Depois vem a fase de latência, que vai dos 6 aos 11 anos. É a pré-adolescência. Uma fase extremamente delicada porque surge o amor homossexual. A menina fica mais apegada à mãe e o menino mais apegado ao pai. Pai e mãe precisam estar presentes durante esta fase. Se o menino, por exemplo, não contar com o amor e dedicação do pai ele pode começar a procurar fora de casa uma forma de preencher esse vazio. Isso é um perigo! Ele crescerá com a deficiência do amor masculino e poderá buscá-lo em outros homens. Nesta fase há a necessidade da identificação simbólica com o pai do mesmo sexo. Nesta fase é comum também surgir tiques, manias, compulsões, obsessões e medos (sintomas que indicam aspectos sublimatórios, ou seja exaltados, exagerados). De repente o filho resolve, por exemplo, que não quer mais comer carne, ou então começa a ficar gago. Tudo isso é normal e tem começo e fim. O importante é os pais estarem presentes e sempre darem muito amor. Pais têm que abrir mão de seus prazeres sociais em prol dos filhos nesta fase da vida. Filho passa a ter noção do lugar de filho (saída da relação edipiana).

A adolescência chega por volta dos 11 anos e com ela vem à explosão hormonal, a rebeldia e um profundo sentimento de angústia e desvalorização. Também há mau humor e agressividade (aborrecente). Esses sentimentos poderão ser a salvação ou a perdição. Mais uma vez isso vai depender dos pais. Se o filho não contar com a compreensão deles, nesta fase, com certeza ele vai tentar superar a angústia com uso de drogas e álcool. Ou pior, às vezes tirando a própria vida. São 40 suicídios por dia no país. Quem não quer suportar a rebeldia do adolescente que é normal e necessária, que não tenha filhos. O adolescente não precisa de conselhos, mas de amor, de um porto seguro que só os pais podem oferecer.
A angústia leva ao convívio com outras pessoas sem vínculo afetivo. Assim nascem as gangues, torcidas organizadas, que unem as pessoas pelo sentimento de angústia e não pela afetividade.

A maturidade surge quando termina a adolescência. É quando os pais ficam mais tranqüilos e passam a cuidar mais de suas vidas. O problema é que às vezes essa fase fica muito longa. Tem pessoas com 30 anos que ainda demonstram ter 16. Neste ponto a sociedade de consumo tem uma grande parcela de culpa, pois vivemos um mundo de aparência e contornos, deixando de lado valores afetivos, espirituais e éticos. Por isso muitas pessoas vivem angustiadas e insatisfeitas consigo mesmas.
A maioria das pessoas vive de imitações. Perdeu-se a individualidade e com ela o juízo críticos das coisas. Veja o exemplo das tatuagens. Um jovem faz e o outro também quer fazer.
Para que o cidadão supere as pressões maléficas da sociedade, é preciso dar a ele uma educação baseada em amor, compreensão e limites.

Conhecer essas fases é importante para saber que a educação é um processo evolutivo. Toda família tem ganhos e perdas. Juntos superam mais fácil.
Os filhos começam a andar e os pais sentem que perderam o colo, mas isso é normal.

MAIS VOCE PRECISA SER UMA PESSOA REFERENCIAL.
VOCE TEM A BOA AMBIÇÃO DE SER O EDUCADOR COMO PESSOA

“Conhece-se a ti mesmo”?
No confronto com nós mesmos, sempre estamos procurando conhecer melhor nossa identidade, para entendermos o que somos.

Milton Nascimento imortalizou essa busca de conhecer-te a ti nos versos da canção “EU, caçador de mim”. Onde, porém devemos começar essa caça de nossa identidade? Será que devemos mergulhar em nosso próprio interior e perscrutar os abismos da alma? Sinceramente, acho que não é preciso tanto. Há outro meio mais simples e objetivo de realizarmos esta tarefa.

Jean Paul Sartre, o mais famoso filósofo francês pós-guerra, cunhou uma sentença lapidar a respeito desta questão: “o homem é aquilo que ele faz”. Portanto, em vez de mergulhar nos abismos da alma, pense um pouco na sua vida, na sua trajetória, nos caminhos que você percorreu para chegar até aqui. Procure se lembrar de tudo o que foi mais importante, mais significativo para sua vida, aquilo que mais contribuiu para que você fosse aquilo que você é hoje.
Neste contexto é interessante lembrar uma das bases do paradigma do desenvolvimento humano, que pode ser resumida assim: “Aquilo que uma pessoa se torna ao longo da vida depende fundamentalmente de duas coisas: das oportunidades que teve e das escolhas que fez”. Fazer escolhas, tomar decisões, definir o rumo de nossa própria existência é o que faz o homem ser a bússola de seu destino.

Lembrei-me do poema “Invictus”, de autoria de William E. Henley.
Esse poema foi o guia espiritual e de esperança durante os quase trinta anos (27 anos) que Nelson Mandela ficou no cárcere, devido à guerra do apartheid (segregação racial na África).

O apartheid (separação) foi um regime de segregação racial adotado de 1948 a 1994 (46 anos) pelos sucessivos governos do Partido Nacional na África do Sul, no qual os direitos da grande maioria dos habitantes foram cerceados pelo governo formado pela minoria branca.

Sob o manto da noite que me cobre
negro como as profundezas de um pólo a outro
eu agradeço a todos os Deuses por minha alma invencível.

Nas garras ferozes das circunstâncias
não me encolhi nem derramei meu pranto.
Golpeado pelo destino
minha cabeça sangra, mas não se curva.

Longe dos lugares de ira e lágrimas
onde assoma o horror das sombras
ainda assim, a ameaça dos anos me encontra
e me encontrará sempre destemido.

Pouco importa quão estreita seja a porta,
quão carregada de punições seja a lista
sou o senhor do meu destino
sou o capitão da minha alma.
O PROFESSOR COMO PROFISSIONAL

Ao contrário de outras categorias profissionais, o trabalho dos professores está longe de ser ameaçado pelas novas tecnologias, como a telemática, a informática e a robótica.

VOCE DEVE SEMPRE DESTACAR AUTORIDADE MORAL
Defina: você pretende seguir as tendências como um objeto na correnteza ou, ao contrário, pretende chamar a si a responsabilidade pelas suas ações no dia-a-dia da escola, na construção de sua carreira e na consecução dos objetivos maiores de sua vida? A decisão é sua.

COMO LIDAR COM OS CONFLITOS?
Conflitos Hierárquicos:
colocam em jogo as relações com a autoridade existente. Ocorre quando a pessoa é responsável por algum grupo, não encontrando apoio junto aos seus subordinados e vice-versa. Neste caso, as dificuldades encontradas no dia-a-dia deixam a maior parte das pessoas envolvidas desamparada quanto à decisão a ser tomada.
“PRECISA-SE DE UM LÍDER”

Conflitos Pessoais:
dizem respeito ao indivíduo, à sua maneira de ser, agir, falar e tomar decisões.
As “rixas pessoais” fazem com que as pessoas não se entendam e, portanto, não se falem. Em geral esses conflitos surgem a partir de pequenas coisas ou situações nunca abordadas entre os interessados. O resultado é um confronto tácito que reduz em muito a eficiência das relações.
“CUIDADO COM AS FOFOCAS”

Professor age com intuição.
1. Percepção. Percepção instintiva.
2. Conhecimento imediato.
3. Pressentimento da verdade.
Visão beatífica. [Religião] Que torna bem-aventurado.

O QUE É UM EDUCADOR?
é aquele que vai mostrar seus desejo de ensinar sem divorciá-lo do DESEJO de desejar o sujeito aprendiz.
EDUCA-A-DOR; acolhe a angústia do outro, ouve tudo que é possível, inaugurando um eixo de aprendizagem.

O PROFESSOR COMO CIDADÃO
O desrespeito sistemático a todos os direitos humanos (civis, políticos, sociais, econômicos, culturais e ambientais) da população e a falta de transparência e de participação dos cidadãos nas questões relativas aos seus interesses só podem ser rompidos se a escolas for capaz de3 gerar um cidadão de tipo novo.

Um cidadão capaz de conhecer os seus direitos e de lutar por eles, fazendo as conquistas da democracia funcionar em seu favor.
Como se vê, o professor é mais do que um simples cidadão, é um cidadão produtor de cidadania, que atua na “fábrica” onde se produz a esmagadora maioria dos cidadãos deste país, que é escola pública.

Por tudo isso, mais do que ensinar cidadania, o professor está chamado a viver a cidadania dentro e fora da sala de aula. Para isso, é imprescindível que tenhamos uma consciência límpida e madura do papel que devemos ter diante dos educandos, de suas famílias e de toda a comunidade onde a escola está inscrita.

O Brasil parece às vezes ser marcado pela insegurança e timidez, a passividade e o conformismo das pessoas e das organizações sem face de um poder público que, em vez de servir, julga-se no direito de ser servido pelos cidadãos.

O PROFESSOR RESILIENTE
Este novo mundo do trabalho está a exigir da escola um novo trabalhador, polivalente, flexível, motivado, criativo, apto a participação e a interação com seus pares na geração de soluções para os problemas do cotidiano na produção de bens e serviços em quantidade cada vez maior, de qualidade cada vez melhor e a um custo cada vez mais reduzido.

No que diz respeito à cultura, muitos pensadores importantes estão apontando o fim da modernidade e o início da chamada cultura pós-moderna. Uma visão da vida caracterizada pela crise dos grandes sistemas explicativos do homem e do mundo, pelo individualismo exacerbado, pelo consumismo, pelo hedonismo (busca do prazer acima de outros os valores), pelo narcisismo e pelo relativismo ético e religioso.

Mais do que nunca, o que somos e fazemos dependerá de nossa capacidade de discernir o que é essencial do que é acessório aquilo que é permanente daquilo que pode e deve mudar com o tempo e as circunstâncias.
A competência técnica é verdadeiramente uma forma de compromisso político. E disto nós não podemos abrir mão.

POR QUE PRECISA SER ASSIM?
Na sessão de mediação ocorre a transformação da culpa em responsabilidade, pois as partes se descobrem atores responsáveis pelas mudanças em suas vidas, trazendo para si o compromisso de bem administrar as desavenças existentes.

É fundamental acreditar na capacidade dos alunos de solucionar os conflitos (o que não significa aceitar qualquer alternativa de resolução).

A hora certa de elogiar
O elogio só deve vir quando o aluno fizer mais do que lhe foi pedido. Os professores excelentes fazem uma distinção precisa entre o que o aluno aprendeu dentro das expectativas e quando ele as superou.
Se um aluno cumpre uma tarefa corriqueira, como manter sua carteira limpa, o professor pode dizer “obrigado por fazer o que eu pedi”, em vez de “excelente trabalho”!.
A banalização do elogio tem um efeito destrutivo no longo prazo. O elogio por atitudes banais acaba minando a confiança do aluno de que ele possa fazer algo extraordinário.

A técnica do enquadramento positivo pode ser aplicada durante a aula ou em uma conversa reservada com o aluno.
Se outros estudantes assistem ao diálogo entre o professor e o aluno que está sendo repreendido, o ideal é sempre assumir, a princípio, que o mau comportamento não é intencional.

solidariedade nunca pode ser confundida com caridade.
O MESTRE QUE APRENDE SEMPRE:

Evite os sete pecados maiores de um educador:
1) Corrigir publicamente
A exposição pública produz humilhação e traumas complexos difíceis de serem superados. Um educador (pai ou professor) deve valorizar mais a pessoa que erra do que o erro dessa pessoa. Exemplo: Você cometeu um erro é mais sutil do que você está errada.
História:
Uma estudante foi mal na prova e procurou a professora para questionar a nota. A professora estava irritada por outros motivos e deu-lhe um golpe que modificou para sempre a vida daquela jovem, chamando-a de “gordinha ouço inteligente” na frente de outros colegas. Isso gerou um trauma muito dolorido, pois corrigir alguém publicamente já é grave, mas humilhar é mais dramático ainda.
Com o tempo aquele trauma original dá origem a danos na saúde psíquica, pois qualquer outra situação a adolescente relacionará com aquele trauma e ficará cada vez mais fragilizada. Sente-se um ser inútil.
A mídia também contribui para aumentar o trauma, pois cada imagem dos modelos nas capas de revista, nos comerciais e nos programas de TV é registrada na memória, formando matrizes que discriminam quem está fora do padrão.
Com o tempo aumenta-se o processo de rejeição que vai se tronando um monstro, transformando o pensamento de quem sofre o trauma a ponto de achar que o educador (pai ou professor) é um carrasco, um elevador é um cubículo sem ar, um vexame público paralisa a inteligência e gera o medo de expor as idéias.
Brota a baixa auto-estima e o sentimento de incapacidade para qualquer ação. Cristaliza-se uma mentira: eu não sou inteligente. Vaio ocorrer várias crises depressivas, perde-se o encanto pela vida e advém a tentativa de suicídio.
Nota: ainda que os jovens os decepcionem, não os humilhem. Ainda que eles mereçam uma boa bronca, chame-os em particular e corrija-os. Quem estimula a reflexão é um artesão da sabedoria.


2) Expressar autoridade com agressividade
A velha história do pai que não podia ser contrariado. Um dia o filho levantou a voz para ele e foi espancado. O pai impôs sua autoridade com violência e ganhou o temor do filho, perdendo para sempre o seu amor.
Impor uma autoridade sufoca a lucidez do filho (aluno). Gritar também é uma forma de impor uma autoridade errada. As pessoas reagirão também com violência.
Os pais ou professores que impõem sua autoridade de modo bruto são aqueles que têm receio de suas próprias fragilidades. São inseguros.
Os limites devem ser colocados, estabelecidos e nunca impostos.
O diálogo ainda é uma ferramenta educacional insubstituível.


3) Ser excessivamente crítico: obstruir a infância da criança (aluno)
O pai com o aval da mãe não admitia bagunça.
O pai comparava o comportamento do filho com os de outros jovens.
Não há a mágica da alegria e da espontaneidade entre eles. O filho (aluno) não apenas se tornou tímido, mas frustrado.
Este pai estava preparado para consertar computadores e não para educar um ser humano.
Não compare seu filho (ou aluno) com seus colegas. Cada jovem é um ser único no teatro da vida. A comparação só é educativa quando é estimulante e não depreciativa. Dê aos seus filhos (e alunos) liberdade para ter as suas próprias experiências, ainda que isso inclua certos riscos, fracassos, atitudes tolas e sofrimentos.
Escrever sobre a liberdade emocional

Menino hemisfério cerebral esquerdo. Menina hemisfério cerebral direirto.
As crianças são diferentes. São cinco sentidos mais o hemisfério cerebral.

Diferenças entre as pessoas:
Impressão digital
Exame do fundo de olho
Voz
Locomoção
Sentimentos ...

4) Punir quando estiver irado e colocar limites sem dar explicações
Jamais puna quando estiver irritado. Nos trinta primeiros segundos de raiva somos capazes de ferir as pessoas que mais amamos. Não se deixe escravizar por sua ira. Quando sentir que não pode controlá-la, saia de cena, pois caso contrário, você reagirá sem pensar.

O mecanismo da raiva
A neurociência diz que a raiva é uma das emoções primárias. Produto da evolução, ela é gerada pelas regiões mais primitivas do cérebro: tem a função de preparar o organismo para se defender de ameaças e das fontes de dor (produzida pelo medo).
Mas ela pode ser muito prejudicial, se não for controlada pelas áreas mais modernas e “racionais”.

Algumas escolas estão desenvolvendo a gestão de conflitos escolares. É muito importante por que

A punição física deve ser evitada.
Quando praticamos a boa educação desenvolvemos características importantes na personalidade de nossos jovens como liderança, tolerância, ponderação, segurança nos momentos turbulentos.
Nos momentos de raiva, a emoção tensa bloqueia os campos da memória. Para educar, use primeiro o silêncio e depois as idéias.
A melhor punição é aquela que se negocia. Pergunte aos jovens o que eles merecem pelos seus erros.


5) Ser impaciente e desistir de educar
Havia um aluno muito agressivo e inquieto. Sua história escondia problema de alcoolismo do pai. Sua reação era de defesa. Já havia chorado muito, a ponto das lágrimas agora estarem secas. Sua agressividade era uma forma desesperada de pedir socorro. Um professor começou a dar atenção e extraiu suas mágoas tornado-se mais incluído, pois seus gritos eram surdos. Sua agressividade era o eco da agressividade que recebia.
Por trás de cada aluno arredio, de cada jovem agressivo, há uma criança que precisa de afeto.
Sentiu-se incluído porque alguém não desistiu dele.
Todos querem educar jovens dóceis, mas são os que nos frustram que testam nossa qualidade de educadores.
Seus alunos insuportáveis é que testam seu humanismo
Falar do filme Ao mestre com carinho, com Sidney Potier
O substituto com tom Berenger.

6) Não cumprir com a palavra
A mãe (professora) prometia o que não podia cumprir. Tinha medo de frustrar o filho (aluno). Lembre-se que a frustração é importante para o processo de formação da personalidade. Quem não aprende a lidar com perdas e frustrações nunca irá amadurecer.
A mãe (ou professora) dissimulando e não cumprindo sua palavra, fez o filho (aluno) projetar no ambiente social uma desconfiança fatal. Desenvolveu uma emoção insegura e paranóica, achando que todo mundo queira enganá-lo e puxar o seu tapete. Tinha idéias de perseguição, não conseguia fazer amizades estáveis, nem parar nos empregos.
Cumpra o que prometer. Se não puder, diga “não” sem medo, mesmo que seu filho esperneie.
A confiança é um edifício difícil de ser construído, fácil de ser demolido e muito mais difícil de ser reconstruído.

7) Destruir a esperança e os sonhos
História do pai bipolar. Um exemplo no trabalho, mas um demônio no lar.
Se há esperança e sonhos ela brilha nos olhos e alegria na alma.
Um dos maiores problemas da psiquiatria não é a gravidade de uma doença, seja ela uma depressão, fobia, ansiedade ou fármaco-dependencia, mas a passividade do “eu”. Um “eu” passivo, sem esperança, sem sonhos, deprimido, conformado com suas mazelas, poderá carregar os seus problemas até o túmulo.
Um “eu” ativo, disposto, ousado pode aprender a gerenciar os pensamentos, reeditar o filme do inconsciente e fazer coisas que ultrapassam nossa imaginação.
Sem sonhos não há fôlego emocional. Sem esperança não há coragem para viver.


O QUE MAIS PODEMOS FAZER?
1) Deixar as regras da Escola bem clara aos pais, periodicamente repetidas, se necessário.
2) Interação escolar Diretores, Coordenadores, Professores, Funcionários, Pais e Alunos
3) Criar protocolo de comunicação com os pais ou responsáveis
4) Trabalhar o resgaste da inocência da infância com afazeres aos alunos
5) Envolvimento da comunidade escolar com eventos e tarefas
6) Professor motivador e encantador
7) Colegiado permanente de professores e professoras
8) Mediar conflitos (equipe de gestão permanente para atuar em conflitos
9) RESGATAR O ORGULHO DE TODOS PELA ESCOLA (escola de solidariedade
Educativa)

COMO SER UM BOM DIRETOR:
Solidariedade
Líder e não chefe
Herói e não ídolo
Equilíbrio e liberdade emocional
Justo na gestão de conflitos
Hierarquia e impessoal


COMO VEJO A EDUCAÇÃO
E o que é esta educação básica de qualidade? É aquela capaz de oferecer a todos os cidadãos, crianças, adolescentes, jovens e adultos, condições que configuram os requisitos mínimos para se trabalhar e viver numa sociedade moderna.

O desenvolvimento das nações já não se mede apenas pelo seu PIB. Desde o início dos anos 90 o programa das nações unidas para o desenvolvimento, vem adotando um jeito novo de medir o progresso dos povos. Trata-se do IDH (Índice de Desenvolvimento Humano).

O IDH é um índice formado por três indicadores:
a) expectativa de vida ao nascer
b) nível educacional
c) capacidade econômica (renda)
Estes três indicadores, quando considerados em conjunto, nos permitem medir a qualidade de vida de uma população.


PAIS RICO É PAIS SEM POBREZA
País rico é pais com educação.
País rico é país sem analfabetos.

EDUCAÇÃO COM PIRATARIA (pessoas sem preparo no comando da educação)
Educação é moeda política.

TODOS OS DIAS VOCE É ENGANADO
(balinha de troco, centésimos na gasolina, conta da água, conta da luz, etc)

MENSAGEM FINAL
1 Coríntios 13
Paulo, antes de sua conversão chama-se Saulo de Tarso.
Ferrenho combatendo de Jesus.
Com Damasco à vista, aconteceu uma coisa momentosa. Num lampejo cegante, Paulo se viu despido de todo o orgulho e presunção, como perseguidor do Messias de Deus e do seu povo. Estevão estivera certo, e ele errado. Em face do Cristo vivo, Saulo capitulou. Ele ouviu uma voz que dizia: “Eu sou Jesus, a quem tu persegues;. . . levanta-te, e entra na cidade, onde te dirão o que te convém fazer”. E Saulo obedeceu.
Durante sua estada na cidade, “Esteve três dias sem ver, durante os quais nada comeu nem bebeu” (Atos 9:9). Um discípulo residente em Damasco, por nome Ananias, tornou-se amigo e conselheiro, um homem que não teve receio de crer que a conversão de Paulo’ fora autêntica. Mediante as orações de Ananias, Deus restaurou a vista a Paulo.

Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos,
ainda que tivesse o dom de profecia,
ainda que eu conhecesse todos os mistérios e toda a ciência,
ainda que tivesse toda a fé, a ponto de poder transportar montanhas,
se eu não tivesse amor, eu nada seria.